Quer poupar? Substitua cheques por cartões de crédito ou transferências
O fim do cheque e a sua substituição por cartões de débito e transferências a crédito permitiria poupar 132 milhões de euros, defende o Banco de Portugal num estudo realizado em 2013 e hoje divulgado.
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Economia Banco de Portugal
"A sociedade poderá obter ganhos se proceder à substituição de instrumentos mais onerosos por instrumentos mais eficientes em termos dos custos suportados", afirma o banco central no estudo "Custos sociais dos instrumentos de pagamento de retalho em Portugal", realizado em 2013 com dados de 2009.
O Banco de Portugal pondera dois cenários de evolução que podem trazer poupanças nos custos, traduzindo o primeiro uma poupança de 132 milhões de euros, ou seja, se "todos" os cheques fossem substituídos por cartões de débito e transferências a crédito.
A poupança já seria inferior, da ordem dos 30 milhões de euros, se se optasse antes pela substituição de 10 por cento dos pagamentos em numerário por cartão de débito, adianta o Banco Central.
Em 2013, os custos suportados com a utilização dos instrumentos de pagamento de retalho ascenderam a 2,694 mil milhões de euros, o que representou 1,61 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) nesse ano, tendo o numerário (o dinheiro) contribuído com 1,679 mil milhões de euros, ou um por cento do PIB, e 62,3 por cento do custo total.
Este custo social foi suportado "em partes praticamente idênticas" pelos bancos, comerciantes e consumidores, tendo o setor bancário acarretado a maior parte dos custos sociais em todos os instrumentos de pagamento, com exceção do numerário, em que a maioria do custo foi suportada pelos consumidores (45 por cento) e pelos comerciantes (40 por cento).
O cartão de débito revelou-se mais eficiente do que o numerário para efetuar pagamentos nos pontos de venda (50 cêntimos por transação, contra 53 cêntimos).
Mas os instrumentos menos eficientes, segundo as contas do banco central, foram o cheque e o cartão de crédito, que custaram à sociedade 2,45 euros e 2,20 euros por pagamento, respetivamente.
Nos pagamentos remotos, o débito direto foi mais eficiente (27 cêntimos) do que as transferências a crédito (70 cêntimos).
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