Capital mundial do ópio aumentou a produção. E muito
A esmagadora maioria da heroína do mundo vem de um só país e há más notícias: depois de alguns anos de quebra, o cultivo e colheita estão a voltar a níveis próximos dos máximos históricos.
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Economia Afeganistão
A realidade da produção de ópio é desconhecida da grande parte dos europeus. Em Portugal e em quase todo o restante continente, o clima é hostil para as papoilas soníferas e a utilização legal dos opiáceos na indústria farmacêutica é altamente regulamentado e controlado.
No entanto, do outro lado do mundo, o Afeganistão surge em palco para reclamar o trono de capital do ópio, utilizado quase exclusivamente para a produção de heroína distribuída pelo resto do mundo. O país é a fonte de 90% da heroína consumida nos quatro cantos do planeta, tem quase dois terços das explorações legais de ópio da Terra e, para piorar a realidade, está a aumentar a produção.
De acordo com o mais recente relatório das Nações Unidas, a quantidade de ópio produzida no Afeganistão aumentou 10% em relação a 2015, uma das maiores subidas anuais de sempre. A área cultivada ainda não voltou aos níveis históricos de 2014, mas os 201 mil hectares de terrenos ocupados estão muito próximos dos 224 mil de então.
O sul do Afeganistão é o centro da indústria ilegal do ópio, mas a ONU avisa que no norte do país, o crescimento tem sido superior a 300% na maior parte das regiões ao longo dos últimos meses.
A heoína sai do Afeganistão através da Turquia para chegar à Europa, passa pelo Paquistão para chegar à restante Ásia e à Oceânia e viaja de avião para o Canadá, onde é depois distribuída pelos Estados Unidos, América Central e América do Sul.
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