Líder do Wells Fargo abdica de salário devido à fraude nas contas
John Stumpf está a fazer todos os possíveis para manter o cargo de administrador máximo. De acordo com a vontade dos acionistas, o gestor não vai receber grande parte da compensação a que tinha direito este ano.
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Economia Estados Unidos
É um valor multimilionário, mas será um preço baixo a pagar para manter a posição de CEO. O presidente do Wells Fargo assegurou hoje que irá abdicar de grande parte do seu salário e da totalidade dos bónus e prémios de desempenho deste ano para compensar os acionistas e o banco pela incapacidade de impedir a fraude histórica que lesou milhares de clientes.
A criação de milhões de contas falsas para cumprir objetivos de vendas e cobrar comissões indevidas já obrigou o maior banco norte-americano em capitalização bolsista a despedir cerca de 5.300 funcionários considerados responsáveis, mas os problemas ainda estão a começar.
John Stumpf deverá perder mais de 36 milhões de euros, um valor que pode ainda assim ser considerado baixo tendo em conta os mais de 100 milhões de euros que o presidente executivo detém em ações e opções do Wells Fargo, revela a CNN Money.
No início desta semana, os trabalhadores demitidos anunciaram que estão a preparar um processo contra o Wells Fargo e hoje surgem mais notícias a dar conta das dificuldades vividas no banco. Carrie Tolstedt, líder da secção responsável pela criação de contas falsas, acertou a saída do Wells Fargo depois de mais de uma década de ligação, assumindo-se como responsável parcial da fraude revelada este mês.
A gestora abdicou de quase 17 milhões de euros em ações a que tinha direito como prémio de desempenho e assegurou também que não irá exercer a opção de compra de mais 30,3 milhões de euros em títulos do banco.
Ainda assim, Carrie Tolstedt sairá do banco com cerca de 68,7 milhões de euros em ações recebidas pelo desempenho em anos anteriores. Só haverá direito a indemnização se a gestora for absolvida no processo de investigação à fraude no Wells Fargo.
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