BBVA piora previsões de crescimento económico para 2016 e 2017
O BBVA reviu em baixa as previsões de crescimento económico deste ano para 1,0% e do próximo para 1,3%, apontando a falta de aceleração económica e um aumento da incerteza quanto às metas orçamentais.
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Economia Produção
Numa análise económica a Portugal divulgada hoje, o BBVA estima agora que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 1,0% no conjunto de 2016 e 1,3% em 2017, quando em maio previa crescimentos de 1,4% e 1,6% para os dois anos, respetivamente.
O primeiro fator a justificar esta revisão em baixa é "a falta de aceleração do ritmo de atividade" económica, com o banco espanhol, com presença em Portugal, a estimar que o PIB avance 0,3% no terceiro trimestre face aos três meses anteriores.
Isto, depois de o crescimento em cadeia no segundo trimestre ter sido de 0,3%, abaixo dos 0,4% previstos pelo BBVA em maio.
A esta falta de aceleração no crescimento, o banco soma outros riscos, quer internos, quer externos, com os quais, considera, a economia portuguesa foi confrontada.
Nos riscos externos estão o menor apoio do preço do petróleo, a moderação das encomendas do exterior ou o impacto do 'Brexit' [saída do Reino Unido da União Europeia] que, embora limitado, poderia ter efeito sobre a atividade comercial e a confiança, travando o comércio e o investimento".
Além disso, e na vertente interna, o BBVA destaca que "nas últimas semanas elevaram-se as incertezas em relação à política económica com o risco de um novo incumprimento do objetivo de défice de 2016".
Para o banco, o aumento da incerteza deve-se também à recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), as dúvidas sobre "um possível bloqueio" de fundos europeus, como consequência do incumprimento da saída do Procedimento por Défices Excessivos, ou "o menor apoio" dos partidos à esquerda a uma política orçamental que se encontra "condicionada pelas Comissão Europeia".
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