Europa em alta no dia em que são divulgados testes de stress à banca
As bolsas europeias seguem hoje em ligeira alta no dia em que serão conhecidos os resultados dos novos testes de 'stress' à banca europeia.
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Economia Bolsas
Cerca das 8h40 em Lisboa, o Eurostoxx 50, o índice que representa as principais empresas da zona euro, seguia a avançar 0,47%, negociando nos 2.979,91 pontos.
As principais bolsas europeias seguiam a negociar entre os ganhos de 0,24% de Paris e os de 0,97% de Madrid.
Em Lisboa, o PSI20 seguia igualmente a avançar 0,38%, para 4.699,43 pontos.
Tanto o euro, como o barril de petróleo Brent, iniciaram a sessão em baixa nos seus respetivos mercados, com a moeda única europeia a trocar-se a 1,1079 dólares e o crude de referência na Europa a cotar no mercado de futuros de Londres a 42,65 dólares, menos 0,16% menos do que na sessão anterior.
A Autoridade Bancária Europeia publica hoje os resultados dos testes de 'stress' a 51 bancos, em que serão conhecidas as falhas de capital.
A amostra de 51 bancos, de 15 países da União Europeia, dos quais 37 da zona euro, que a Autoridade Bancária Europeia (EBA na sigla em inglês) testou, em articulação com o Banco Central Europeu (BCE), não inclui este ano bancos portugueses, ao contrário do que aconteceu em 2014, estando as atenções centradas nas fragilidades que podem apresentar os bancos italianos, mas também alemães.
No entanto, os quatro bancos portugueses supervisionados diretamente pelo Banco Central Europeu (BCE) - Caixa Geral de Depósitos, BCP, BPI e Novo Banco - também têm sido submetidos a exercícios de resistência no âmbito do Banco Central Europeu (BCE), sendo que, para já, apenas o BCP anunciou que divulgará os seus dados.
A banca italiana deverá ser a que estará mais sob forte escrutínio nestes exames, até pelo elevado crédito malparado que muitos bancos têm em balanço, isto quando o Governo liderado por Matteo Renzi tenta encontrar alternativas para capitalizar o sistema bancário do país, evitando as regras europeias que penalizam os investidores antes de qualquer ajuda pública.
O jornal Financial Times noticiou esta semana que o banco italiano Monte dei Paschi precisa de cinco mil milhões de euros para cumprir os rácios exigidos pelo BCE, acima dos três mil milhões que eram falados.
O Monte dei Paschi, um dos maiores bancos italianos e considerado o mais antigo do mundo ainda a funcionar, já foi recapitalizado no passado, mas a sua situação continua frágil.
Também na Alemanha há bancos que têm estado sob pressão, pelo que os resultados destes testes de 'stress' são aguardados com expectativa, nomeadamente para o Commerzbank e Deutsche Bank.
Em junho, foi conhecido que a unidade norte-americana do Deutsche Bank falhou nos testes de 'stress' da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos. O banco alemão divulgou hoje lucros de 20 milhões de euros no segundo trimestre, o que compara com os 818 milhões de euros do mesmo período do ano passado.
O jornal El Pais cita fontes do setor financeiro que referem que "os bancos italianos são os que vão apresentar mais problemas de capital, seguidos por alemães e portugueses".
Nos últimos testes de 'stress' gerais à banca europeia, em 2014, o BCP chumbou no cenário mais adverso, ao serem identificadas necessidades de capital. O Novo Banco, na altura, não participou nesses exercícios, por ainda estar a consolidar o seu perímetro patrimonial, e um ano depois viria a chumbar também no cenário severo.
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