Presidente da CGD acredita que Estado "saberá proteger valor" do banco
O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD) recusou hoje comentar a eventual comissão parlamentar de inquérito ao banco público, referindo apenas que está convencido de que o Estado saberá proteger o valor e a reputação da instituição.
© Global Imagens
Economia José de Matos
"Estou certo de que o Estado, que é o acionista da Caixa, saberá proteger o valor deste seu ativo, que é o maior ativo que temos no sistema financeiro português", disse hoje José de Matos aos jornalistas, à margem da tomada de posse de novos administradores do Banco de Portugal, quando questionado se o debate político em torno da CGD poderá minar a sua reputação e valor.
Quanto à eventual comissão de inquérito, o gestor recusou a fazer comentários, considerando que é "matéria de competência política, do parlamento".
José de Matos afirmou ainda que vai deixar a liderança executiva do banco público, onde está desde 2011, "de consciência totalmente tranquila" e fez questão de dizer que, recentemente, o Estado aprovou as contas da instituição referentes ao ano passado.
Em 2015, o banco teve 171,5 milhões de euros de prejuízos.
O novo presidente da CGD será António Domingues, que pertencia à administração do BPI. José de Matos terminou funções no final do ano passado.
A CGD tem estado no centro do debate político e, na semana passada, o PSD disse que vai impor a constituição de um inquérito parlamentar, numa altura em que se discute a recapitalização do banco público, com a imprensa a referir valores que podem ascender a 4.000 milhões de euros.
No entanto, o valor da injeção de capital ainda não é conhecido formalmente e estão ainda a decorrer negociações entre o Governo e a Comissão Europeia.
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