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Reversão de medidas "não ajudou à confiança dos investidores"

A DBRS afirmou hoje que a reversão de políticas de austeridade em Portugal "não ajudou à confiança dos investidores", mas acrescentou que o Governo deu garantias de que tem preparadas "medidas adicionais" se forem necessárias.

Reversão de medidas "não ajudou à confiança dos investidores"
Notícias ao Minuto

17:00 - 17/02/16 por Lusa

Economia DBRS

Numa teleconferência que decorreu esta tarde, o diretor do departamento de 'ratings' [avaliação] soberanos da DBRS, Fergus McCormick, afirmou que a reversão de medidas de austeridade implementadas durante o período do resgate que o atual Governo está a realizar "não ajudou à confiança dos investidores", mas acabou por sublinhar o caminho já percorrido.

"Estamos muito impressionados com o ajustamento estrutural feito por Portugal, que foi um dos maiores da Europa", afirmou o responsável da DBRS, a única agência de 'rating' que coloca a dívida pública portuguesa fora do 'lixo'.

Segundo McCormick, "desde que o défice orçamental seja gerível" e que "não haja uma derrapagem significativa" face ao que está previsto na proposta de Orçamento do Estado, a DBRS continua confiante, até porque o Governo já deu garantias.

Fergus McCormick adiantou que a DBRS "teve discussões com o Governo" e que "parece que há algum espaço para tomarem medidas orçamentais adicionais, se for necessário".

Para o responsável, "o maior risco [de Portugal] é político", mas são "os choques externos" que a economia portuguesa enfrenta aqueles que mais preocupam a agência de 'rating'.

Fergus McCormick mostrou-se preocupado com um eventual "conflito aberto" com Bruxelas, mas disse acreditar que esta hipótese não se materialize.

Internamente, o responsável referiu também o quadro governativo atual para afirmar que há o risco de o Governo do PS, que é apoiado no parlamento pelos partidos de esquerda, possam enveredar por "um caminho menos construtivo".

No entanto, McCormick disse ter "muita confiança" no projeto europeu e nas "barreiras de segurança criadas pelo Banco Central Europeu".

A 13 de novembro, a DBRS confirmou a nota atribuída à dívida pública de longo prazo de Portugal (BBB low) e manteve também as perspetivas estáveis, sendo a agência canadiana a única que coloca Portugal num nível de investimento não especulativo.

Na proposta de Orçamento do Estado para 2016, (OE2016) apresentada a 05 de fevereiro, e depois de uma semana de negociações com a Comissão Europeia, o Governo comprometeu-se em reduzir o défice orçamental para os 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano.

Na dia 11 deste mês, o ministro das Finanças, Mário Centeno, disse em Bruxelas que o Governo vai preparar medidas adicionais, mas com a convicção de que as mesmas não serão necessárias para cumprir as metas orçamentais.

"Em linha com a opinião da Comissão Europeia, aquilo que o Eurogrupo pede ao Governo português é para estar preparado para adotar novas medidas quando elas forem necessárias (...) As medidas serão preparadas para serem tomadas quando forem necessárias, estando nós conscientes de que um cumprimento daquilo que é o Orçamento de Estado não necessitará dessas medidas", afirmou.

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