"Ficar parado não é uma boa opção. Há muito a fazer"
Antigo Ministro das Finanças alerta para a as dificuldades que a economia mundial vai enfrentar em 2016, depois de um 2015 que “não foi fácil”.
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Economia Vítor Gaspar
Vítor Gaspar quebrou o silêncio parcial que que tem promovido desde que saiu do governo de coligação PSD/CDS-PP. Num artigo de opinião publicado na edição de final do ano do Diário Económico, o antigo líder das Finanças portuguesas falou de 2015 e olhou para o futuro próximo.
“2015 não foi um ano fácil para a economia mundial”, reconhece Vítor Gaspar e explica: “Assistimos ao reavivar da crise na Grécia; à queda do preço do petróleo; e à entrada em crise de importantes economias de mercado emergentes, como o Brasil e a Rússia. Em novembro, os atentados terroristas em Paris recordaram de forma dramática mais uma fonte de instabilidade global”.
“Naturalmente temos à nossa frente uma realidade muito complexa”, assume o antigo Ministro das Finanças, antes de falar na necessidade de “concretizar reformas que permitam elevar o crescimento potencial”. E dá exemplos: “Limpar o balanço dos bancos para aumentar o crédito; reforçar a estabilidade financeira; e promover reformas estruturais”.
“Estas recomendações não são novas. Parecem tão velhas e repetidas como um disco riscado”, admite, mas salienta que “são fundamentais para promover o investimento produtivo e a criação de emprego”.
Chamando a atenção para a vontade de aumentar a igualdade entre homens e mulheres, o economista do FMI fala em “ganhos significativos em termos de emprego, atividade económica e mais surpreendentemente, em termos de educação e saúde” com um maior equilíbrio entre géneros.
Para terminar, Vítor Gaspar avisa que “2016 será também um ano complicado”. “Ainda não resolvemos todos os legados das crises passadas e já novas turbulências aparecem no horizonte. Ficar parado não é uma boa opção. Há muito para fazer”.
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