Costa diz ser "possível e razoável" Estado manter 51% da TAP
O secretário-geral do PS, António Costa, disse hoje acreditar que é "possível e razoável" o Estado manter 51% da TAP, mesmo tendo já sido assinada a venda direta de 61% do capital da transportadora.
© DR
Economia Privatização
"É possível com toda a serenidade, no quadro da lei e em negociação com os compradores, alcançar o objetivo que propomos no nosso programa de governo, que o Estado mantenha 51% do capital da empresa", disse Costa esta noite em entrevista à RTP.
O líder socialista acredita que tal é "possível e razoável" e defendeu mesmo que "é do interesse de todos" que a medida se concretize.
A Parpública - gestora das participações públicas - anunciou na quinta-feira à noite a assinatura do acordo de conclusão da venda direta de 61% do capital da TAP ao consórcio Gateway, detido pelos empresários Humberto Pedrosa e David Neeleman.
Já quando questionado sobre a venda do Novo Banco - que no sábado chumbou nos testes de 'stress' do Banco Central Europeu (BCE) no cenário mais adverso -, Costa declarou ser necessário evitar "alienações precipitadas" e pediu que fossem retiradas do combate político as questões do sistema financeiro.
De todo o modo, o secretário-geral do PS disse ser de uma "enorme imprudência a forma como se anunciou" que a resolução do BES "não teria qualquer risco", e defendeu que Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, deve dar "plena informação sobre a situação, coisa que até agora não aconteceu".
António Costa defendeu ser essencial assegurar a confiança no sistema financeiro português, definindo como "lamentável" que o Governo, por via do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e da ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, se permita fazer discursos públicos "imprudentes" no preservar da confiança.
"A mim choca-me ver o ministro das finanças alemão dar uma mensagem mais tranquilizadora sobre o presente e a futura evolução da situação política em Portugal do que as palavras incendiárias que o primeiro-ministro e a ministra das Finanças têm produzido", vincou.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com