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Cimeira de Riga apresentava-se "difícil" mas foi "extremamente positiva"

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, considerou hoje, no final da IV Cimeira da Parceria Oriental, em Riga, que a reunião foi "extremamente positiva", apesar de ocorrer num contexto difícil, face ao conflito entre Ucrânia e Rússia.

Cimeira de Riga apresentava-se "difícil" mas foi "extremamente positiva"
Notícias ao Minuto

13:53 - 22/05/15 por Lusa

Economia Rui Machete

Rui Machete disse a jornalistas que a declaração final conjunta adotada pelos líderes da UE e das seis antigas repúblicas soviéticas que fazem parte da "Parceria Oriental" (Arménia, Azerbaijão, Bielorrússia, Geórgia, República da Moldávia e Ucrânia), representa uma "solução muito equilibrada", já que prevê um tratamento diferenciado para cada um dos seis países, estimulando a cooperação económica com a UE, mas sem os "obrigar" a escolher entre a Rússia e o bloco europeu, o que seria o cenário mais indesejável no atual contexto.

"Os resultados foram extremamente positivos, porque depois de Vilnius, há dois anos (...) esta reunião apresentava-se difícil, depois do conflito da Ucrânia com a Rússia, e, na realidade, a solução a que se chegou foi uma solução muito equilibrada, porque é uma solução de abertura ao diálogo, mas para que cada país tenha um tratamento diferenciado", assinalou.

O ministro apontou que a parceria poderá "incluir no futuro acordos de associação com países que ficaram sob esfera de influência russa, que satisfazem os interesses do ponto de vista do comércio e da cooperação económica com a União Europeia, dando portanto a possibilidade a esses países de progredir, e, simultaneamente, não os obriga a uma situação de confronto com a Rússia, que seria impossível" no atual contexto.

"A situação de compromisso diferenciada é uma solução extremamente positiva, e não obriga (os seis países da parceria oriental) a uma opção que eles não poderiam fazer pela União Europeia neste momento", declarou.

Afirmando que "não é previsível" no horizonte mais próximo um processo que leve à adesão de qualquer dos países da parceria a Leste, Rui Machete preferiu destacar os passos que foram dados no sentido de reforçar a cooperação económica, o que, "depois dos acontecimentos" que tiveram lugar desde a cimeira de Vilnius, em 2013, "não era previsível que pudesse vir a dar-se tão cedo", pelo que se trata de "um progresso muito significativo e muito importante".

Machete deslocou-se a Riga juntamente com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que, na quinta-feira à noite depois de um jantar de trabalho dos chefes de Estado e de Governo, afirmou que a Rússia não deve olhar para a política europeia de vizinhança a Leste "como se fosse sua inimiga".

A IV cimeira entre os 28 e os seus parceiros a Leste, concluída hoje em Riga, a poucos quilómetros da Rússia, teve lugar num contexto de relações muito frias entre a UE e Moscovo, devido ao conflito na Ucrânia, que teve origem precisamente numa anterior cimeira da Parceria Oriental, em novembro de 2013, em Vilnius.

Nessa cimeira celebrada na capital da Lituânia, o então presidente ucraniano Viktor Ianukovich renunciou, à "última hora", a assinar o acordo de associação que havia sido negociado entre Kiev e os seus parceiros europeus -- uma aproximação que foi sempre do desagrado do Kremlin -, levando a manifestações que acabariam por ditar o seu afastamento e provocar o conflito separatista no país, que prossegue passado cerca de ano e meio.

O conflito armado entre o exército ucraniano e os rebeldes pró-russos já fez mais de 6.200 mortos desde abril de 2014.

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