A assinatura decorreu durante a cerimónia de inauguração do Museu Nacional Ferroviário, que abre ao público na terça-feira, mostrando mais de 36.000 peças do património ferroviário nacional.

O troço que será intervencionado, com cerca de 14,4 quilómetros, situa-se entre os quilómetros 46,180 e 60,566, atravessando os concelhos de Lousada, Amarante, Penafiel e Marco de Canaveses, segundo informação da Refer.

A empreitada compreende a execução de novas instalações fixas de tração elétrica, o alteamento das plataformas de passageiros das estações e apeadeiros existentes no troço (Oliveira, Vila Meã, Recesinhos, Livração e Marco de Canaveses) e implementação de novo sistema de retorno de corrente de tração.

Será ainda efetuado o reforço estrutural e a beneficiação dos túneis de Caíde, Gaviara e Campainha, onde será necessário intervir ao nível da via-férrea de modo a garantir o gabarit de eletrificação, adianta a empresa.

"Esta intervenção, contemplada no Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas -- PETI, proporcionará melhorias na eficiência e competitividade do sistema ferroviário, viabilizando a extensão dos serviços suburbanos, em tração elétrica, até à Estação de Marco de Canaveses", acrescenta.

Segundo a empresa, o investimento permitirá diminuir os tempos de percurso, reduzir as emissões de poluentes e ruído, aumentar a quota modal da ferrovia e reduzir o congestionamento e a sinistralidade.

Na sequência do processo de eletrificação, foi lançado também hoje o concurso público relativo à empreitada de reabilitação da superstrutura de via entre as Estações de Caíde e de Vila Meã, que visa "mitigar os riscos de descarrilamento, melhorar as condições de segurança das circulações ferroviárias e de pessoas e bens e a fiabilidade da exploração, permitindo simultaneamente diminuir os custos de manutenção".

O preço base do concurso é de 1,9 milhões de euros, prevendo-se que a obra, com um prazo de execução de 90 dias, decorra no último trimestre deste ano.

O presidente da Refer, António Ramalho, disse, na assinatura da consignação, que nos próximos dois anos o investimento na reabilitação da infraestrutura será da ordem dos 7 milhões de euros.

Segundo António Ramalho, o investimento inicial previsto de 85 milhões de euros passou para cerca de 20 milhões de euros, uma redução resultante de "pequenos ajustamentos", designadamente na velocidade.