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Novabase "vai continuar a crescer muito" fora de Portugal em 2015

O presidente executivo da Novabase estima que o negócio fora de Portugal vai continuar a "crescer muito" em 2015, ao contrário do que sucede com o negócio doméstico, que deverá contrair-se entre 5% e 10% este ano.

Novabase "vai continuar a crescer muito" fora de Portugal em 2015
Notícias ao Minuto

16:57 - 07/05/15 por Lusa

Economia Presidentes

Luís Paulo Salvado falava à Lusa após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre, destacando o "marco histórico" alcançado com o crescimento de 52% do negócio fora de Portugal, que "pela primeira vez na história" da empresa ultrapassou o negócio doméstico, passando a representar 51% do total (27,4 milhões de euros), acima do objetivo anual de 40-45%.

"Em 2015, vamos crescer muito internacionalmente, Portugal continua a ser um sítio muito interessante para nós como laboratório e a contratação de pessoas muito qualificadas e vamos projetar essa força de Portugal para o mundo", disse Luís Paulo Salvado.

Face aos resultados apresentados, o gestor reforça ainda que "todos os indicadores tiveram uma evolução favorável e consistente", o que mostra que "a internacionalização está a ser um sucesso" e "reflete que as principais linhas estratégicas estão a ter bons resultados".

"Estamos no bom caminho no sentido da internacionalização de valor acrescentado, de ofertas diferenciadas e de aposta muito grande na Investigação e Desenvolvimento", disse.

O responsável reiterou que a Europa representa mais de metade da atividade não doméstica, mas sublinhou que "África continua a ser para a empresa um continente de oportunidades", reconhecendo que é preciso uma adaptação em países como Angola, após a desvalorização do preço do petróleo.

"É óbvio que alguns países com esta situação do petróleo vão ter de rever os planos de investimento e estão a fazê-lo, é o caso de Angola. Angola tem alturas de maior ou menor crescimento, consoante o preço do petróleo, mas continua a ser uma economia em crescimento e nós também temos de nos saber adaptar a estas mudanças. A nossa operação em Angola é de médio e longo prazo, continuamos a fazer projetos e, dentro do novo normal, as coisas estão estabilizadas", considerou.

Luís Paulo Salvado afirmou ainda que as operações em Angola e Moçambique, "estão a correr bem, obviamente no novo contexto", e destacou ainda os negócios existentes em países como o Gana, Quénia e Argélia, este último onde desenvolveram uma solução para um banco, além dos que mantêm no Médio Oriente.

Sobre uma aposta em novos mercados, o gestor disse que "a abordagem não é muito por geografia", mas sim por "sítios que valorizem muito as ofertas" da empresa, afirmando que "a dinâmica criada vai dependendo da procura e do interesse dos clientes".

"Há contactos dos sítios mais improváveis, temos projetos na Albânia. Surgem oportunidades de todos os lados", exemplificou.

O sucesso da internacionalização contrasta, contudo, com a degradação do negócio em Portugal, em linha com o que tem acontecido nos anos anteriores, diz, estimando que o mesmo deverá sofrer uma contração entre os 5% e os 10% este ano e que "este trimestre foi ligeiramente superior".

"Não sentimos nenhuma inversão da prudência que existe, os nossos clientes estão a limitar muito os investimentos e o crescimento da economia, que está a acontecer e que ainda é baixo, ainda não chegou ao nosso negócio. Do ponto de vista do mercado, não sinto melhorias, os clientes continuam muito pressionados com custos", comentou.

Como tal, a aposta na internacionalização é um caminho "para continuar", não só em 2015, mas também nos próximos anos, diz o gestor, acrescentando que a empresa "iniciou um novo mandato com um novo modelo que permite mais autonomia aos negócios".

"Acredito que nos próximos anos, a Novabase vai ser conhecida como uma empresa diferente, no mundo das tecnologias de informação, que tem ofertas diferentes. Posso dizer hoje que os sistemas que fizemos já afetaram a vida de milhões de pessoas em todo o mundo", disse.

Sobre o crescimento de 23% dos serviços, que representam já 77% do negócio global, Luís Paulo Salvado, diz que o mesmo "permite também continuar a contratar muitos recém-graduados das universidades portuguesas".

"Acreditamos que este ano vamos crescer em cerca de 150 a 200 pessoas ao nível desses quadros de recém-graduados. Desde que começámos este programa já contratámos mais de 1.000 colaboradores, hoje a empresa tem mais de 2.400 pessoas e estamos a criar emprego altamente qualificado. Na segunda-feira, vamos celebrar 26 anos e não poderíamos dar um muito melhor presente do que estes resultados", disse.

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