"É impensável" imitar gregos em subida do salário mínimo
Os patrões portugueses põem completamente de lado um aumento do salário mínimo nacional com os moldes do que está a ser proposto na Grécia por Alexis Tsipras, o novo primeiro-ministro. De acordo com o Diário de Notícias, um aumento desta natureza levaria “ao encerramento de grande parte do nosso tecido empresarial”.
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Economia Patrões
O Syriza, o novo partido à frente do governo grego, colocou logo na agenda política a reposição do valor de 751 euros de salário mínimo nacional, um número que é 28,15% acima do valor que vigora desde 2012. Em Portugal, os patrões afirmam que não há condições para fazer o mesmo, conta o Diário de Notícias.
António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), não se mostra entusiasmado com o aumento e revela, em declarações à mesma publicação, que “será por alguma razão que os anteriores governos têm limitado os aumentos”.
“Espero que não seja uma medida insensata”, adianta o mesmo responsável, acrescentando que, no plano nacional, “as empresas e a economia portuguesas não teriam condições para aguentar”.
“Levaríamos ao encerramento de grande parte do nosso tecido empresarial. Um salário mínimo de 505 euros representa um encargo que ronda os 800”, sublinhou, fazendo referência à taxa social única (TSU), ao seguro obrigatório e aos subsídios.
Já o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), João Machado, vai mais longe: “É impensável. Seria impossível fazê-lo de uma só vez. A história recente da Grécia mostrou-nos que os aumentos não são sustentados”, referiu.
João Machado quis deixar claro que Portugal e Grécia são diferentes porque em Portugal “os aumentos são reduzidos mas sustentados”.
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