Negócio Rioforte: PT quis omitir responsabilidade de gestores
O presidente da PricewaterhouseCoopers Portugal (PwC), José Pereira Alves, disse hoje no parlamento que a PT SGPS considerou que não deviam constar no relatório da consultora sobre o investimento realizado pela operadora na Rioforte as responsabilidades individuais nesse negócio.
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Economia PwC
Na Comissão parlamentar de Inquérito à Gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES), José Pereira Alves disse que houve uma "grande discussão" entre a PwC e a PT SGPS sobre o relatório da consultora sobre o investimento de cerca de 900 milhões de euros da operadora na Rioforte.
A discussão, disse, teve a ver com a definição do relatório: se devia ou não incorporar a análise do que eram as responsabilidades individuais de cada membro dos órgãos sociais no investimento. José Pereira Alves sublinhou que a PT SGPS entendeu que esse tipo de referências "não deviam constar" no relatório.
Depois de o cliente ter clarificado os termos do trabalho, a PwC acabou "por retirar do relatório aquilo que não devia lá estar", disse.
Nesse sentido, a versão final do relatório apresenta "uma análise factual, não incorporando juízos de valor de ordem jurídica", afirmou o presidente da PwC, que respondia a questões do deputado social-democrata Duarte Marques.
Questionado depois pelo deputado socialista João Galamba sobre se a PwC temia que o colapso do BES e do GES pudesse afetar a credibilidade da consultora, José Pereira Alves respondeu apenas que "o grande risco a evitar é emitir uma opinião de auditoria que fosse ferida da sua veracidade".
"É isso que temos de evitar a todo o custo", considerou.
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