Arnaut ajudou a "angariar dinheiro do Goldman Sachs para o BES"
O jornal norte-americano Wall Street Journal dá conta, esta segunda-feira, de que José Luís Arnaut terá impulsionado a que o Goldman Sachs emprestasse dinheiro ao Banco Espírito Santo (BES), na primavera passada, quando o banco português já revelava sinais de que algo estaria mal.
© Reuters
Economia Wall Street Journal
O empréstimo que o Goldman Sachs fez ao Banco Espírito Santo (BES), na primavera passada, pouco antes do colapso do banco, terá sido impulsionado por José Luís Arnaut.
A notícia é avançada pelo Wall Street Journal, que recorda que o português foi nomeado, pouco tempo antes do acordo, para o comité de aconselhamento internacional do Goldman Sachs.
Aproveitando-se da posição que tinha na instituição sediada em Nova Iorque, Arnaut terá, segundo a mesma publicação, agilizado o processo para que esta emprestasse 835 milhões de dólares ao banco que estava sob a alçada de Ricardo Salgado, quando mais nenhum banco se mostrava disponível para o fazer.
“Arnaut ajudou a angariar o dinheiro”, indica o Wall Street Journal, dando conta de que este foi depois aprovado por três comités responsáveis por “avaliar rigorosamente as transações quanto ao risco de crédito”.
A operação teve, ainda, a ajuda de António Esteves, o sócio português do Goldman Sachs, que reuniu com os chefes do banco em Londres, permitindo a criação da sociedade veículo Oak Finance, para financiar um projeto na Venezuela.
O BES e o Goldman Sachs estão agora, de certa forma, de costas voltadas, tentando encontrar soluções para o facto de o empréstimo ter passado para o banco mau, ao invés de ter sido transferido para o Novo Banco, que ficou com os ativos bons do BES.
Em causa está o facto de o Goldman Sachs se ter tornado acionista do banco entretanto extinto, ao adquirir 2% do capital.
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