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"Tudo em aberto" para recuperação de fábrica de Mangualde

O presidente executivo do grupo PSA Peugeot Citroën disse hoje à Lusa que "tudo está em aberto" relativamente à recuperação do terceiro turno da PSA de Mangualde, precisando que "está totalmente dependente do sucesso dos automóveis nos mercados".

"Tudo em aberto" para recuperação de fábrica de Mangualde
Notícias ao Minuto

12:30 - 02/10/14 por Lusa

Economia Peugeot

"Desde que na Europa haja um índice de confiança dos consumidores que vá melhorando, sabemos que há uma relação muito forte entre a melhoria do índice de confiança dos consumidores e o aumento do mercado. Logo que o mercado aumente, a atividade industrial vai aumentar", acrescentou Carlos Tavares, em declarações aos jornalistas.

O presidente executivo do grupo PSA Peugeot Citroën falava à margem da apresentação à imprensa do "Mondial de l'Automobile" (Salão do Automóvel), que arranca este sábado na Porta de Versalhes, em Paris, e se prolonga até 19 de outubro.

Em julho, o Centro de Produção de Mangualde da PSA suprimiu o terceiro turno de laboração, o que levará à redução de 280 postos de trabalho, devido a um ajustamento da atividade produtiva.

O relançamento do terceiro turno das fábricas de Mangualde tinha entrado em vigor em abril de 2013 e estava previsto funcionar durante, pelo menos, nove meses, mas acabou por funcionar 16 meses. Em causa, uma produção excecional e temporária que se verificava, então, na fábrica de Vigo do grupo.

Carlos Tavares disse, ainda, que as discussões prosseguem com o Governo português a propósito dos custos de energia em Portugal: "As discussões prosseguem, mas ainda não tivemos resultados", afirmou.

Em abril, de visita a Portugal, Carlos Tavares afirmou que os custos da energia elétrica no país são 40% mais elevados do que em França e adiantou que ia discutir o assunto com o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro.

No Salão do Automóvel, Carlos Tavares salientou, também, a importância da China para a recuperação económica do grupo, salientando que a empresa está "a crescer na Europa e na China".

"A empresa sofreu muito há alguns anos pelo facto de estar sobredependente do mercado europeu. Obviamente, quando o mercado europeu foi abaixo, a empresa também teve graves dificuldades. Para proteger a empresa para o futuro, é importante que não esteja dependente de um só mercado, mas de vários. O facto de termos agora duas pernas, uma perna chinesa e uma perna europeia, dá-nos a capacidade para aproveitar o que há de melhor no crescimento desses dois mercados", declarou.

Carlos Tavares assumiu a presidência executiva do grupo automóvel a 1 de abril deste ano, depois de ter deixado a Renault.

A sua chegada a um grupo concorrente da antiga empresa ocorreu num contexto difícil, depois de a PSA Peugeot Citroën ter levado a cabo, em 2012, um vasto plano de reestruturação das suas atividades em França e na Europa.

O fabricante francês levou a cabo, este ano, um aumento de capital que elevou para três o número de acionistas de referência, a família Peugeot, o Estado francês e o grupo chinês Dongfeng, cada um com 14,1% das ações do grupo.

Em julho, a Peugeot Citroën e o seu sócio chinês Dongfeng anunciaram que vão construir uma quarta fábrica na China para aumentar a capacidade de produção nesse país dos atuais 750 mil veículos para um milhão em 2016, altura em que a nova unidade deverá colocar veículos no Mercado.

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