Segundo o Banco de Portugal (BdP), a redução do excedente reflete o aumento de 2.748 milhões de euros do défice da balança de bens, causado por um crescimento das importações (+2.490 milhões de euros) e um decréscimo das exportações (-258 milhões de euros).
Resulta ainda do acréscimo, de 754 milhões de euros, do excedente da balança de serviços, justificado maioritariamente pela evolução do saldo das viagens e turismo (+489 milhões de euros).
No primeiro semestre de 2025, a capacidade de financiamento da economia portuguesa traduziu-se num saldo da balança financeira de 2.471 milhões de euros.
De acordo com o BdP, as instituições financeiras não monetárias, exceto sociedades de seguros e fundos de pensões, foram "o setor que mais contribuiu" para este saldo, nomeadamente através da redução de passivos em capital e em títulos de dívida.
Em sentido contrário, o banco central foi o setor com a maior redução de ativos líquidos sobre o exterior, devido, sobretudo, ao aumento dos passivos na forma de depósitos.
Considerando apenas o mês de junho, a economia portuguesa apresentou um excedente externo de 747 milhões de euros, menos 566 milhões de euros do que no mesmo mês de 2024.
Esta redução reflete o aumento, de 402 milhões de euros, do défice da balança de bens, causado por um crescimento das importações (+487 milhões de euros) superior ao das exportações (+85 milhões de euros).
Resulta ainda da redução, de 302 milhões de euros, do excedente da balança de rendimento secundário, justificada pelo recebimento de um primeiro prémio do Euromilhões em junho de 2024, e da diminuição, de 122 milhões de euros, do défice da balança de rendimento primário, decorrente sobretudo da diminuição dos juros pagos.
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