PE rejeita proposta de João Oliveira para estender PRR até agosto de 2028

O eurodeputado João Oliveira (PCP) lamentou hoje o 'chumbo' da sua proposta para extensão do prazo de aplicação do MRR até agosto de 2028, alertando para a eventualidade de serem desviados fundos para a defesa.

João Oliveira PCP

© Global Imagens

Lusa
18/06/2025 15:15 ‧ há 5 horas por Lusa

Economia

PRR

Os eurodeputados aprovaram, por 421 votos a favor, 180 votos contra e 55 abstenções, o prolongamento da vigência do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR) e respetivos planos nacionais (PRR) por 18 meses, mas apenas para os projetos próximos da conclusão, rejeitando a proposta do eurodeputado para a extensão até agosto de 2028 de todos os projetos em execução.

 

Em declarações à agência Lusa, João Oliveira destacou que este 'chumbo' compromete o cumprimento do PRR em Portugal, uma vez que dos 120 projetos apresentados a financiamento, apenas nove estão concluídos, numa altura em que "já passou 80% do tempo de execução".

O eurodeputado lembrou os dados da Comissão Europeia, apontando que 33% das medidas previstas no PRR português "estão em estado crítico ou preocupante, destacando-se aquelas em áreas tão importantes como a habitação ou a saúde, o que representa um risco de não recebimento de verbas associadas e de dificuldades na concretização dos projetos".

A data de agosto de 2028 proposta coincide com o primeiro ano de aplicação do próximo orçamento plurianual da UE (2028-2034), referiu ainda Oliveira, adiantando que irá continuar a insistir com o executivo comunitário para a extensão de todos os programas.

O eurodeputado recusa que as verbas não executadas no PRR para habitação, na saúde e nos serviços públicos sejam desviadas para a segurança e defesa e lamentou que só a parlamentar portuguesa do BE, Catarina Martins, tenha votado favoravelmente a sua proposta, feita no âmbito da avaliação, pelo Parlamento Europeu, do MRR e respetivos PRR.

Os eurodeputados do PS, PSD, IL e CDS votaram contra e os do Chega abstiveram-se, referiu ainda.

O PE reconheceu hoje que o curto prazo para a execução do financiamento pendente do MRR coloca desafios à conclusão das principais reformas, aos investimentos em grande escala e aos projetos inovadores, bem como aos marcos e metas que ainda têm de ser alcançados pelos Estados-membros, que correspondem a 70%.

No texto aprovado pedem ainda à Comissão para criar novos programas, que devem ser flexíveis e reativos à evolução das circunstâncias e garantir a previsibilidade, para além da prorrogação de 18 meses para os projetos maduros em curso.

Leia Também: PRR? Execução nos Açores "um bocadinho melhor do que o país"

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