O crédito ao consumo em Portugal tem sido utilizado pelas famílias para ajudar à sua estabilidade financeira, segundo um estudo da Universidade Nova de Lisboa divulgado na quarta-feira.
Segundo o estudo 'Impacto do Crédito ao Consumo na Economia Portuguesa', da Nova School of Business and Economics em colaboração com a Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC), o crédito ao consumo tem sido usado não só como mecanismo de antecipação de consumo, "mas também como instrumento de estabilidade financeira e económica" das famílias.
O estudo afirma que o crédito ao consumo, nos últimos anos, foi importante para sustentar a atividade económica e atuou como "mecanismo estabilizador para os consumidores e empresas em Portugal".
As novas operações de crédito ao consumo, em termos absolutos, ultrapassaram em 2024 os oito mil milhões de euros.
Da totalidade do crédito ao consumo, cerca de 80% continua a ser de duas modalidades principais: o crédito pessoal e o crédito automóvel.
O crédito ao consumo tem vindo a crescer nos últimos anos. No ano passado, economistas contactados pela Lusa consideraram que muitas famílias estão a recorrer ao crédito ao consumo como solução para despesas dos orçamentos familiares a que não conseguem responder com salários e poupança, devido ao agravar do custo de vida.
Consideraram ainda economistas a perspetiva de a economia crescer e estabilidade laboral também são fatores que levam os consumidores a sentirem confiança para pedir crédito para despesas consideradas menos necessárias, como viagens ou carro novo.
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