S&P confiante na trajetória orçamental mas alerta para fragmentação

A S&P Global Ratings disse esta segunda-feira que a trajetória orçamental de Portugal continua "no bom caminho" após as eleições de domingo, mas alertou para os impactos da "persistente fragmentação política".

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© Zed Jameson/Getty Images

Lusa
19/05/2025 21:14 ‧ há 4 horas por Lusa

Economia

Legislativas

Numa nota, hoje divulgada, a agência de 'rating' disse que "a trajetória orçamental de Portugal continua no bom caminho, apesar de o país manter muito provavelmente um Governo minoritário na sequência das eleições legislativas de 18 de maio".

 

No entanto, alertou, "a persistente fragmentação política poderá atrasar a implementação de reformas".

A agência de 'rating' lembrou que a Aliança Democrática (AD), de Luís Montenegro, "obteve uma maioria relativa, mas não absoluta, nas eleições legislativas", realçando que ainda assim reforçou a liderança.

"Embora um Governo minoritário possa facilitar a formação de um gabinete, também realça a fragmentação política, uma vez que estas são as terceiras eleições gerais em Portugal em apenas três anos", referiu.

Ainda assim, a S&P estima que Portugal "manterá um excedente orçamental em 2025 pelo terceiro ano consecutivo", que deverá situar-se próximo do objetivo orçamental de orçamento de 2025 de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

Além disso, lembrou, "as transições políticas anteriores desde 2015 não desencadearam grandes perturbações económicas ou derrapagens orçamentais".

No entanto, salientou, poderão surgir riscos orçamentais no próximo ano, lembrando que os orçamentos continuam "a exigir a aprovação por maioria".

A agência ressalvou que, caso não seja aprovado o Orçamento do Estado para 2026, o país pode continuar a funcionar com o de 2025, "assegurando uma diminuição da dívida pública em relação ao PIB".

"Ao mesmo tempo, Portugal está a ser pressionado para aumentar as despesas com a defesa de 1,5% do PIB para o objetivo da NATO de 2,0%, embora os fundos da União Europeia sirvam para amortecer o impacto orçamental", referiu.

Para a S&P, esta situação poderá abrandar a redução da dívida pública em percentagem do PIB em 2025-2028, mas "é pouco provável que inverta a tendência", rematou.

A AD venceu as eleições legislativas de domingo, com 89 deputados, enquanto PS e Chega empataram no número de eleitos para o parlamento, com 58 cada.

A Iniciativa Liberal continua a ser a quarta força política, com mais um deputado (nove) do que em 2024, e o quinto lugar é do Livre, que passou de quatro a seis eleitos.

A CDU perdeu um eleito e ficou com três parlamentares, enquanto o Bloco de Esquerda está reduzido a uma representante, tal como o PAN que manteve um deputado.

O JPP, da Madeira, conseguiu eleger um deputado.

Estes resultados não incluem ainda os eleitores residentes no estrangeiro, cuja participação e escolhas serão conhecidas em 28 de maio.

Leia Também: "Descrença política" e pouca escolarização explicam abstenção nos Açores

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