De acordo com a transportadora, nas ligações urbanas de Lisboa, dos 599 comboios previstos foram suprimidos 254 (42,4%), e nos de longo curso estavam programados 75 e foram suprimidos 49 (65,3%).
Nos urbanos do Porto, estavam previstos 267 ligações e não se fizeram 165 (61,8%) e nos comboios regionais foram suprimidos 212 (72,1%) dos 294 previstos.
Contactada pela Lusa hoje de manhã, fonte do SFRCI - Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante, que convocou a greve parcial, adiantou que a adesão à paralisação dos revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP, que começou às 05h00 de hoje e que termina às 08h30, é de 100%, estando a ser cumpridos os 25% de serviços mínimos.
Luís Bravo, do SFRCI, disse que a greve visa reivindicar melhores condições salariais para todos os trabalhadores da empresa.
"A greve parcial mantém-se até terça-feira, sendo que ainda vai ter reflexos na quarta-feira dia 14", adiantou.
De acordo com Luís Bravo, a greve "mostra bem o descontentamento dos trabalhadores" em luta contra os salários baixos desde 2010.
De quarta-feira a sexta-feira, vários sindicatos estiveram em greve, sendo que até sexta-feira não houve serviços mínimos, o que resultou na paragem total da circulação.
Os trabalhadores exigem o cumprimento do acordo alcançado em 24 de abril entre a administração da CP e os sindicatos, considerando que "o Governo não pode querer os méritos da negociação e depois fugir às suas responsabilidades na aplicação".
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