Portugal está mais competitivo? mas por enquanto só em teoria
Para Benat Bilbao, o economista sénior do Fórum Económico Mundial que participou no relatório do ranking de competitividade e com quem o Expresso falou, as reformas do Governo foram positivas mas são para continuar. Portugal melhorou a competitividade. Mas demora tempo até tal se sentir no quotidiano dos portugueses.
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Economia Competitividade
Contactado pelo Expresso, um dos autores do ranking do Fórum Económico Mundial (FEM), que atribuiu a Portugal uma subida de 15 lugares no ranking da competitividade, admite que ainda é preciso tempo para que a subida se sinta “nas ruas”.
Para o FEM, a melhoria do nível de competitividade advém do "ambicioso programa de reformas" do Executivo. Estas, explica ao semanário Benat Bilbao, economista sénior do fórum, vão além das medidas de austeridade. Passam também pelas “reformas para liberalizar alguns setores da economia”, pela maior “flexibilidade” no mercado de trabalho, pela reestruturação do setor financeiro e pela diminuição da burocracia para os empresários.
Ao nível da burocracia, explica ainda o mesmo meio, Portugal está já na quinta melhor posição. Mas para o economista há ainda melhorias a fazer, nomeadamente no que diz respeito à "facilitação das condições de contratação e despedimento”, leia-se, mais flexibilização do mercado de trabalho, para este se adaptar a situações “como na Dinamarca ou Suíça”.
Sobre questões como a ainda elevada taxa de desemprego, os índices altos de emigração e a taxa de pobreza do país, Benat Bilbao justifica que , “Portugal está numa posição mais forte do que no último ano”, mas que a “maior competitividade num PIB mais alto ou em mais emprego demora algum tempo para ser visto em concreto nas ruas".
Para o FEM há que, portanto, prosseguir o mesmo caminho, que o tempo trará para “as ruas” o reflexo da clara subida de competitividade no ranking do fórum.
Há uma questão que se coloca quando se olha para a subida de Portugal no ranking de competitividade: onde ficam os números do desemprego, emigração ou taxa de pobreza? "O aumento da competitividade é a base do crescimento e prosperidade a longo prazo e, neste sentido. A tradução de uma afirma Benat Bilbao.
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