Uma mulher ganha por ano menos 18.461 dólares australianos (11.119 euros) do que um homem, de acordo com o estudo publicado pela Agência para a Igualdade de Género no Local de Trabalho (WGEA, na sigla inglesa).
"A publicação da diferença salarial entre homens e mulheres marca um passo histórico no sentido da transparência e da responsabilização na luta contra a desigualdade de género", afirmou a ministra para as Mulheres australiana, Kathy Gallagher, num comunicado publicado no portal da WGEA.
O estudo surgiu na sequência da aprovação pelo Parlamento de Camberra, em março de 2023, de uma lei que obriga as empresas com 100 ou mais trabalhadores a divulgarem os salários dos trabalhadores para combater as disparidades salariais entre homens e mulheres.
As disparidades salariais entre homens e mulheres aumentam para mais de 50% em algumas empresas, enquanto um terço das maiores empresas australianas se situa dentro do intervalo estabelecido pelo Governo, para que não ultrapasse os 5%, quer a favor das mulheres ou dos homens, de acordo com os dados.
Entre as empresas com grandes disparidades salariais a favor dos homens contam-se as companhias aéreas Qantas (39,3%) e Jetstar (53,5%), instituições financeiras como a Commonwealth e a Westpac (29,8% e 27%, respetivamente) e a empresa de energia AGL (33,2%).
De acordo com as estimativas do executivo de Camberra, as disparidades salariais entre homens e mulheres - um "problema persistente e complexo" - custam à economia do país cerca de 51,8 mil milhões de dólares australianos (31,2 mil milhões de euros) por ano.
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, prometeu na campanha eleitoral acabar com as disparidades salariais, mas desconhece-se se vai impor sanções às empresas que não respeitem a legislação laboral em matéria de igualdade de género.
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