A EDP - Energias de Portugal lidera a lista das marcas portuguesas mais valiosas de 2025, de acordo com a lista divulgada esta quarta-feira pela OnStrategy. Banca, seguros e transportes vão à frente na recuperação de valor.
Em comunicado enviado às redações, a OnStrategy explica que a "edição de 2025 do ranking das 100 marcas portuguesas mais valiosas" é realizada com "base no método 'Royalty Relief' e desenvolvido em conformidade com as normas ISO20671 (avaliação de estratégia e força) e ISO10668 (avaliação financeira)".
São assim identificadas as "marcas de maior valor financeiro nos principais setores de atividade em Portugal".
"O estudo oferece uma perspetiva abrangente, traçando um cenário da valorização de marcas e setores de forma transversal e integrada, e revelando uma recuperação expressiva do setor bancário (+29,9%), a consolidação da valorização do setor de retalho (+13,2%) e a tendência de quebra nos setores energético e de media", pode ler-se no comunicado divulgado.
Estas são as 100 marcas portuguesas mais valiosas do ano:
EDP lidera a lista das marcas mais valiosas de 2025© OnStrategy
Um dos destaques vai para o setor bancário, que foi o "mais dinâmico, com um crescimento médio de 29,9% no valor das suas marcas". Novo Banco (+90,3%), CGD (+30%) e Millennium BCP (+35,4%) são os protagonistas desta recuperação.
"A estabilização macroeconómica, a melhoria da rentabilidade operacional e uma recuperação significativa da confiança junto dos consumidores foram decisivos para a revalorização do setor bancário", afirma João Baluarte, Partner da OnStrategy, citado na mesma nota.
EDP lidera, mas energia está com pressão descendente
"Apesar de manter a liderança absoluta do ranking, com a EDP no primeiro lugar (€2.870M), o setor da energia registou uma quebra média de -4,3%. A Galp Energia recuou 6,9% e a EDP Renováveis 5,1%, refletindo um ajustamento à normalização dos preços da energia e à descida da capitalização bolsista", refere a empresa na mesma nota.
Já o retalho "continua a ser o setor com maior peso absoluto (€4.776M), com crescimento de +13,2%, sustentado por marcas como Jerónimo Martins (+21,1%), Continente (+12,3%) e Pingo Doce (+7,1%)".
"Estas marcas demonstram uma capacidade consistente de criar valor através da proximidade, da gestão de experiência omnicanal e da eficiência logística", sublinha João Baluarte.
Por sua vez, as "marcas do setor da saúde (CUF, Luz Saúde) crescem 11,4% em termos agregados, enquanto o setor da construção regista um aumento de 22,5%, com destaque para o Grupo Mota-Engil (+31,3%)".
"Para além da energia, o setor dos media apresenta recuos relevantes, com marcas como SIC e TVI a registarem fortes quebras, enquanto algumas marcas de imprensa enfrentam o desafio da transição digital e da erosão da receita publicitária tradicional. A RTP, apesar da estabilidade orçamental assegurada pelo financiamento público, enfrenta o desafio da reestruturação e da incerteza sobre a evolução das receitas e do próprio modelo de negócio", é também referido pela OnStrategy.
Fundada em 2009, a OnStrategy é uma "consultora multidisciplinar focada na criação e otimização do valor financeiro das marcas e organizações dos seus clientes e parceiros".
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