Crédito à economia moçambicana com recorde de mais de 3.900 milhões

De acordo com os dados do banco central, o crédito a particulares continuava a liderar em maio, apesar de um ligeiro recuo.

Moeda moçambicana valoriza-se face ao euro

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Lusa
16/07/2025 11:50 ‧ há 10 horas por Lusa

Economia

Moçambique

O 'stock' do crédito à economia moçambicana aumentou quase 3% em maio, face ao mês anterior, para um novo recorde, de 292.682 milhões de meticais (3.912 milhões de euros), segundo dados oficiais compilados hoje pela Lusa.

 

De acordo com o histórico do relatório estatístico do Banco de Moçambique, esse 'stock', em maio, contrasta com os 284.535 milhões de meticais (3.803 milhões de euros) em abril, que foi então o segundo valor mais baixo num ano.

Desta forma, o volume de crédito concedido pela banca moçambicana bateu em maio o pico histórico anterior, de 290.973 milhões de meticais (3.890 milhões de euros) em novembro de 2024.

De acordo com os dados do banco central, o crédito a particulares continuava a liderar em maio, apesar de um ligeiro recuo, face a abril, para 99.926 milhões de meticais (1.327 milhões de euros).

Seguia-se o setor dos transportes e comunicações, cujo total de crédito concedido pela banca cresceu em maio para 25.888 milhões de meticais (346 milhões de euros), a indústria transformadora, com 22.260 milhões de meticais (297,5 milhões de euros), e o comércio, com 21.853 milhões de meticais (292,1 milhões de euros).

O Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique decidiu em 30 de maio nova descida da taxa de juro de política monetária MIMO, de 0,75 pontos, para 11%, anunciou o governador do banco central, Rogério Zandamela.

"Esta medida decorre essencialmente da consolidação das perspetivas de inflação em um dígito no médio prazo, refletindo em parte a tendência favorável dos preços internacionais de bens e serviços, não obstante a manutenção a nível doméstico de elevados riscos e incertezas associados às projeções", disse o governador, no final da reunião do CPMO.

Questionado pelos jornalistas sobre a perspetiva de evolução da taxa até final do ano, e de atingir ainda este ano um dígito, Zandamela disse que este novo corte "está dentro da estratégia" definida pelo banco central: "A única coisa que podemos dizer neste momento é que estamos em linha com trajetória definida, 24 a 36 meses, pode acontecer antes, pode não acontecer. Se acontecer é uma boa notícia".

A taxa de juro diretora esteve fixada em 17,25% desde setembro de 2022, após a intervenção do banco central, que depois iniciou cortes consecutivos a partir de 31 de janeiro de 2024, quando reduziu para 16,5%.

Em 27 de março do ano passado cortou para 15,75%, em 27 de maio para 15%, em 31 de julho para 14,25%, em 30 de setembro para 13,5%, em 27 de novembro para 12,75%, em 27 de janeiro deste ano para 12,25% e em 26 de março para 11,75%, seguindo-se agora novo corte.

"O CPMO continuará com o processo de normalização da taxa mínimo no médio prazo. O ritmo e a magnitude continuarão a depender das perspetivas de inflação, bem como da avaliação de riscos e incertezas subjacentes às projeções de médio prazo", disse Zandamela.

A próxima reunião do CPMO está agendada para 30 de julho.

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