Meteorologia

  • 09 MAIO 2024
Tempo
17º
MIN 16º MÁX 26º

Rendas? Governo avalia 'travão', Marcelo está confiante. O que se sabe

O valor das rendas poderá aumentar 6,94% em 2024 caso o Governo não estabeleça, como fez este ano, um limite às atualizações. O Executivo já disse que está a avaliar e Marcelo Rebelo de Sousa confia em medidas "positivas".

Rendas? Governo avalia 'travão', Marcelo está confiante. O que se sabe
Notícias ao Minuto

07:38 - 14/09/23 por Beatriz Vasconcelos com Lusa

Economia Rendas

Os dados não deixam margem para dúvidas: sem um 'travão' do Governo, as rendas poderão disparar quase 7% no próximo ano. Do lado do Governo, o que se sabe é que o Executivo está a avaliar, mas o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já veio dizer que espera medidas "positivas". 

O valor das rendas poderá aumentar 6,94% em 2024 caso o Governo não estabeleça, como fez este ano, um limite às atualizações, segundo os números da inflação de agosto divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Governo está a avaliar o valor do travão a aplicar às rendas

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou na quarta-feira que o Governo está a avaliar o valor do travão a aplicar às rendas e que irá falar em breve com as associações de proprietários e inquilinos.

"Neste momento, o Governo está a avaliar", afirmou António Costa, em declarações aos jornalistas no Porto.

O primeiro-ministro adiantou ainda que vai reunir com as associações de proprietários e de inquilinos para "procurar encontrar o valor que seja mais próximo possível" das possibilidades das famílias e do valor fixado na lei.

"Vamos ouvir as associações do setor, vamos ponderar com aquilo que é a inflação estimada para o ano", referiu, recusando avançar com números e defendendo que esta tem de ser uma "solução equilibrada" que não desincentive os proprietários, nem crie situações de rutura social.

Tem renda de 300€? 500€? 750€? Veja quanto pagará em 2024 (sem travão)

Se nada for feito, o que significa, na prática, um aumento de 6,94%? Numa renda de 300 euros, por exemplo, trata-se de um acréscimo superior a 20 euros, mas se falarmos de uma renda de 1.000 euros a subida já é superior a 69 euros e numa renda de 1.500 euros o aumento já ultrapassa os 100 euros. 

Beatriz Vasconcelos | 10:44 - 13/09/2023

Marcelo confia em medidas "positivas"

Por sua vez, o Presidente da República afirmou confiar que as medidas que o Governo adotar em relação às rendas "serão positivas", escusando-se a falar mais do assunto, que remeteu para o Executivo.

Em declarações aos jornalistas num hotel de Montreal, no Canadá, interrogado se já sabe quais são os planos do Governo em relação às rendas, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: "Isso cabe naturalmente ao Governo, que é sua competência definir as medidas a tomar".

"E eu tenho a certeza que serão positivas e que irão contribuir para enfrentar uma situação que não é só portuguesa, é mais ampla, mas que também atinge a sociedade portuguesa", acrescentou o chefe de Estado.

Tem crédito à habitação? Governo aguarda pelo BCE para avançar com apoios

O primeiro-ministro afirmou que o Governo aguarda pela decisão do Banco Central Europeu (BCE) sobre os juros para aprovar, em Conselho de Ministros na próxima semana, medidas de apoio às famílias com créditos à habitação.

"Aguardamos pela decisão do BCE para que o Conselho de Ministros da próxima semana possa proceder a uma revisão da legislação que existe para apoiar as famílias que têm créditos à habitação", afirmou António Costa.

À margem de uma visita a uma nova residência universitária no Porto, o primeiro-ministro disse ainda não concordar com a política monetária seguida pelo BCE.

"Entendo mesmo que a política monetária que tem vindo a ser seguida é errada, mas pronto, é ao Banco Central Europeu que compete definir a política monetária", afirmou.

António Costa disse ainda que, em função do que será decidido pelo BCE, o Governo adotará um novo diploma relativamente ao crédito habitação para que as famílias portuguesas "possam ter, sobretudo, previsibilidade ao longo dos próximos anos e estabilidade no que podem prever relativamente ao que é a evolução da sua prestação".

"Temos todos consciência que vivemos quase 20 anos com taxas de juro historicamente e anormalmente baixas, chegaram a ser negativas, e que seguramente o futuro não vai ser assim. Sabemos também que o objetivo de médio prazo a que todos estamos empenhados é atingir uma inflação ao nível dos 2% e, portanto, a estabilização das taxas de juro e as prestações das casas devem ter também esse referencial presente", referiu.

Leia Também: BCE decide hoje se aumenta ou mantém inalteradas taxas de juro

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório