Exportações e importações caem 10,6% e 8,2% em julho

As exportações e as importações diminuíram 10,6% e 8,2%, respetivamente, em julho face ao mesmo mês de 2022, destacando-se as quebras no fluxo de combustíveis e lubrificantes, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

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Lusa
08/09/2023 11:17 ‧ 08/09/2023 por Lusa

Economia

INE

"Em julho de 2023, as exportações e as importações de bens registaram variações homólogas nominais de -10,6% e -8,2%, respetivamente (-3,4% e -7,7%, pela mesma ordem, em junho de 2023)", refere o INE nas "Estatísticas do Comércio Internacional".

Este é o quarto mês consecutivo de quebra nas transações de bens de Portugal com os mercados externos, que já não recuavam desde os primeiros meses de 2021.

O INE destacou a redução das importações de combustíveis e lubrificantes (-47,8%), uma variação que se deveu aos "decréscimos em volume (-19,3%) e em valor (-49,5%) dos óleos brutos de petróleo". Já no caso das exportações, esta categoria recuou 46,3% face a julho de 2022, consequência da "descida do preço deste produto no mercado internacional (-37,5%)".

Excluindo esta rubrica, em maio foi observada uma diminuição de 7,1% nas exportações e um aumento de 0,2% nas importações (contra +1,1% e +2,5%, respetivamente, em junho).

Em julho deste ano, o défice da balança comercial atingiu 2.218 milhões de euros, uma diminuição de sete milhões de euros face ao mesmo mês de 2022.

Excluindo combustíveis e lubrificantes, o saldo da balança comercial foi negativa em 1.709 milhões de euros, representando um aumento do défice de 477 milhões, face a julho de 2022.

Segundo o INE, em julho, além dos combustíveis e lubrificantes, são de salientar as reduções das exportações dos fornecimentos industriais (-18,3%). Já nas importações, os fornecimentos industriais também recuaram, 13,6%, em termos homólogos.

Nas importações, o material de transporte e acessórios aumentou, em termos homólogos, 20,2%, para 1.300 milhões de euros.

Em julho de 2023, e tendo em conta os principais países parceiros em 2022, o INE regista a diminuição das exportações para Espanha (-10%) e para o Reino Unido (-27,0%), sobretudo de fornecimentos industriais e combustíveis e lubrificantes, respetivamente.

Nas importações, são destacadas as descidas de combustíveis e lubrificantes do Brasil (-44,4%) e do gás natural liquefeito da Nigéria (-47,7%).

Quanto aos índices de valor unitário (preços), em julho foram registadas variações de -4,2% nas exportações e de -9,1% nas importações (contra, respetivamente, -5,2% e -9,4% em junho de 2023 e +18,4% e +22,5% em julho de 2022.)

Excluindo os produtos petrolíferos, registaram-se decréscimos de 0,3% nas exportações e de 3,4% nas importações (+0,2% e -3,0%, respetivamente, em junho de 2023; em julho de 2022 as variações tinham sido +14,2% e +15,0%).

Relativamente ao mês anterior, as exportações e as importações recuaram 6,1% e 3,4%, respetivamente.

Considerando o trimestre terminado em julho de 2023, as exportações e as importações diminuíram 7,0% e 6,7%, respetivamente, em relação ao mesmo período de 2022 (-4,8% e -6,2%, pela mesma ordem, no 2.º trimestre de 2023).

[Notícia atualizada às 12h17]

Leia Também: Exportações chinesas caíram 8,8% em termos anuais em agosto

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