Segundo um comunicado hoje emitido pela instituição mutualista, esta é a quarta subida da notação do Banco Montepio nos últimos dois anos, representando cinco níveis, passando a dívida sénior não garantida a estar no nível de investimento.
Além da revisão em alta da notação de risco da dívida sénior não garantida do Banco Montepio, a agência melhorou o 'rating' do Perfil de Risco de Crédito Individual (BCA, na sigla inglesa), de ba1 para baa3, ficando, também, acima de 'lixo'.
Também a dívida subordinada (de Ba2 para Ba1), os depósitos a longo prazo (Baa2 com perspetiva positiva para Baa1) e o risco de 'rating' de contraparte (Long-term Counterparty Risk Rating) (Baa1 para A3) tiveram melhorias das suas notações.
O Banco Montepio aponta que a subida das notações de risco se deve à "melhoria da rendibilidade recorrente e da capitalização do banco", bem como "à adoção de uma estratégia contínua de redução do risco" e "à manutenção de um perfil robusto de financiamento e liquidez".
Também a avaliação da governação foi melhorada, depois da conclusão bem sucedida do plano de ajustamento operacional.
"A perspetiva positiva para o 'rating' dos depósitos de longo prazo e da dívida sénior não garantida do Banco Montepio reflete a expectativa da Moody's de que o banco conseguirá manter a sua rendibilidade recorrente e reduzir o nível de ativos não produtivos, embora a um ritmo mais lento", assinala o banco, em comunicado.
Segundo a instituição mutualista, as notações de risco poderão voltar a subir "se a estratégia de redução do risco, os níveis de capital e a rendibilidade se mantiverem nos níveis atuais".
O 'rating' é uma avaliação atribuída pelas agências de notação financeira, uma vez que avalia o risco de crédito.
A Moody's é uma das quatro principais agências de notação financeira internacionais, a par da Fitch, da Standard&Poor's e da Morningstar DBRS.
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