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Armando Pereira já "não detém uma única ação" da Altice

Patrick Drahi, fundador do grupo Altice, afirmou hoje que Armando Pereira, envolvido na Operação Picoas, já não detém ações da empresa, mas tem um interesse económico de 20% da posição do multimilionário franco-israelita-português.

Armando Pereira já "não detém uma única ação" da Altice
Notícias ao Minuto

17:36 - 07/08/23 por Lusa

Economia Altice

Durante a 'call' com obrigacionistas 'online', Patrick Drahi aproveitou para explicar a atual estrutura organizacional e configuração da Altice International.

Em primeiro lugar, disse, "em termos de estrutura de propriedade, a grande maioria da Altice International é detida pela Next", disse.

A Next "é a minha 'holding' familiar pessoal, da qual detenho 100% das ações e direitos de voto", prosseguiu.

"Quando fundei a Altice em 2001, criei uma equipa de gestão na primeira aquisição, onde contratei o Armando Pereira em 2003, entre outros. Ele era responsável pelas operações técnicas, incluindo compras técnicas", explicou o fundador do grupo.

"No âmbito desta função e à semelhança de muitos gestores do grupo, Armando Pereira fez um pequeno investimento na primeira aquisição da Altice, representando menos de 1% do capital" e recebeu "um 'carry interest' indexado aos investidores de 'private equity' da Altice".

Ao longo do tempo, "a forma do interesse económico evoluiu e, desde 2005, [Armando Pereira] não detém uma única ação ou direito em nenhuma das entidades da Altice, mantendo apenas uma participação de cerca de 20% do meu interesse económico pessoal", continuou Patrick Drahi.

Acrescentou que, após Armando Pereira ter estado "envolvido na reestruturação" do negócio na República Dominicana em 2014, depois em Portugal 2015/2016, ele não teve qualquer envolvimento e mais nenhuma operação das subsidiárias da Altice International.

Patrick Drahi afirmou que "foi um choque e uma grande deceção" a investigação da Operação Picoas e sublinhou que se "essas alegações forem verdadeiras" vai sentir-se "traído e enganado".

No centro das investigações está Armando Pereira, que foi conselheiro do CEO e da Comissão Executiva da Altice France.

A Operação Picoas, desencadeada em 13 de julho, levou a várias detenções -- entre as quais a do cofundador do grupo Altice Armando Pereira --, contou com cerca de 90 buscas domiciliárias e não domiciliárias, incluindo a sede da Altice Portugal, em Lisboa, e instalações de empresas e escritórios em vários pontos do país, segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público (MP). Esta foi uma ação conjunta do MP e da Autoridade Tributária (AT).

Desde 19 de julho, Ana Figueiredo passou a acumular o cargo de 'chairwoman' [presidente do Conselho de Administração] da Altice Portugal com o de presidente executiva (CEO), depois de Alexandre Fonseca ter suspendido as suas funções no âmbito das atividades empresariais executivas e não executivas de gestão do grupo em diversas geografias, incluindo as posições de 'chairman' em diversas filiais, entre as quais a da Altice Portugal, tal como o administrador da Altice Portugal João Zúquete da Silva, que tinha a área do património.

Também o genro de Armando Pereira, Yossi Benchetrit, responsável pela área de compras e imobiliário da Altice USA, está de licença.

Patrick Drahi indicou hoje que, na sequência da Operação Picoas, o grupo colocou "de imediato" 15 pessoas de licença em Portugal, em França e nos Estados Unidos.

Leia Também: Operação Picoas. Drahi sente-se em "choque", "traído" e "enganado"

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