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Produção de arroz em Timor-Leste mais que duplicou entre 2018 e 2022

A produção de arroz em Timor-Leste mais que duplicou entre 2018 e 2022, enquanto a área de cultivo do produto mais consumido na dieta timorense cresceu quase 47%, segundo dados do Governo.

Produção de arroz em Timor-Leste mais que duplicou entre 2018 e 2022
Notícias ao Minuto

06:44 - 09/06/23 por Lusa

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Os dados fazem parte do relatório final do mandato do VIII Governo Constitucional, a que a Lusa teve acesso, e que ainda não foi oficialmente tornado público, que nota que, nesse período, a área de cultivo de arroz passou de 20.294 hectares, em 2028, para quase 37.700 hectares em 2022.

A produtividade média do arroz por hectare, por seu lado, passou de 3,32 toneladas em 2018 para 4,1 toneladas em 2022, aumento que o Governo diz "pode ter sido influenciado por melhorias na gestão das culturas e práticas de irrigação, bem como melhores condições climatéricas".

Fatores que contribuíram, explica o executivo, "para aumentar significativamente a produção de arroz" durante este período.

"Em 2018, a produção de arroz em casca foi de 67.127 toneladas, enquanto em 2022, atingiu 143.006 toneladas, um aumento de 113%. A produção de arroz também apresentou um crescimento notável, passando de 40.276 toneladas em 2018 para 85.804 toneladas em 2022, um aumento de 113,5%", refere o relatório.

"A previsão para 2023 aponta para 98,8 mil toneladas de arroz de produção nacional", considera ainda.

O crescimento da área cultivada e da produtividade do arroz teve efeito no número de beneficiários envolvidos na produção, que passou de cerca de 147 mil em 2018 para quase 264 mil em 2022, um aumento de 79%.

O executivo sublinha que a "produção interna de arroz é um fator crucial para garantir a segurança alimentar em Timor-Leste, pois o arroz é um alimento básico na dieta do povo timorense".

"Ao aumentar a produção interna, o país reduz a dependência de importações de arroz, o que pode garantir maior estabilidade no abastecimento e preços mais acessíveis", refere o relatório.

O executivo apontou ainda para "a implementação de importantes políticas públicas de estímulo à produção nacional, tais como as Medidas da Cesta Básica, a Medida de Segurança Alimentar e a obrigatoriedade de aprovisionamento de pelo menos 75% de produtos alimentares de produção nacional em contratos públicos", considera ainda.

A produção de milho sentiu uma variação muito maior, apesar de 2022 ter sido o ano com maior produção dos cinco analisados, chegando às 86.038 toneladas.

A área colhida também variou anualmente, atingindo o valor mais elevado em 2018, com 36.139 hectares, e menor em 2020, com 29.415 hectares.

Já o rendimento médio nacional foi de 2,5 toneladas de milho por hectare.

No que toca à produção de café, e ainda segundo o mesmo documento, a produção anual registou entre 2017 e 2022 "flutuações significativas", com o valor mais reduzido, 10.448 toneladas, a registar-se em 2019 e o mais elevado (11.747 toneladas) em 2020.

A produtividade média durante esses seis anos foi de 0,27 toneladas por hectare, que "pode ser considerada baixa em comparação com outras culturas, o que indica a possibilidade de melhorias na eficiência do processo produtivo".

Entre as medidas aprovadas pelo executivo cessante, conta-se um programa de estímulo à renovação e expansão das áreas de plantação de café, para aumentar a produção anual e melhorar a qualidade do café.

O programa criou quatro subvenções financeiras especificas, para a renovação ou expansão das plantações de café, outra para a plantação e tratamento de árvores de proteção ou apoio das plantas de café, uma terceira para a aquisição de equipamentos e maquinaria agrícola para a produção de café, e uma quarta para a promoção e comercialização do café.

O último censo agrícola do país, de 2019, refere que a maioria dos agricultores do país trabalham em pequenas explorações de menos de um hectare -- nesse ano 92% das 104.500 unidades agrícolas eram menores que esse tamanho.

O censo revelou que a produção agrícola em Timor-Leste é fortemente influenciada pelo clima e condições geográficas do país, com as áreas mais produtivas a serem nas zonas costeiras e baixas, enquanto as zonas montanhosas têm uma produtividade mais baixa e são mais vulneráveis a catástrofes naturais.

"A maioria dos agricultores cultiva para consumo próprio ou para permuta com outros produtores locais. A comercialização de produtos agrícolas é limitada devido à falta de infraestruturas e de acesso aos mercados", refere o Governo.

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