Autoridades apelam a evitar pânico na compra de gasolina em Díli
As autoridades de Timor-Leste apelaram hoje à população de Díli para evitar o pânico na compra de gasolina na capital, garantindo que há combustível suficiente até à chegada ao país do próximo carregamento, no domingo.
© Lusa
Mundo Timor-Leste
"Pedimos às pessoas para não entrar em pânico. Temos ainda cerca de 300 toneladas nos dois distribuidores que estão a gerir a distribuição. Mas pedimos que não façam armazenagem desnecessária", disse à Lusa o diretor de 'downstream' da Autoridade Nacional de Petróleo e Minerais (ANPM).
"As pessoas estão a ir, em pânico, e a encher os veículos, mas também a levar galões, garrafas de plástico e bidons e isso está a criar problemas nas bombas", explicou Nelson de Jesus.
Os comentários surgem depois de várias horas de caos em algumas das poucas estações de combustível de Díli que ainda têm gasolina disponível -- nesta altura há cinco das mais de 20 da capital.
Centenas de motorizadas e automóveis estão concentrados no local para tentar comprar gasolina, com sinais de que há já venda paralela e não autorizada de combustível, com especulação de preços, em vários locais.
A situação está a causar problemas em vários pontos da cidade, com efetivos da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) a tentarem ajudar a controlar a situação, perante evidente tensão crescente entre os motoristas.
"Já tivemos choques e confrontos em algumas gasolineiras", disse Nelson de Jesus.
Responsáveis da PNTL confirmaram que tiveram hoje que intervir, a meio da manhã, perante pequenos confrontos numa das gasolineiras na zona do Matadouro, em Díli, referindo que a situação "está controlada".
O responsável da ANPM garante que os dois fornecedores, a Pertamina em Díli e a ETO em Hera, têm ainda cerca de 300 toneladas de gasolina disponível, mas que têm de ir gerindo a distribuição, exatamente para evitar que haja acumulação de combustível.
"Entendo que algumas pessoas não têm paciência para esperar. Trazem garrafões, ocupam os distribuidores e os carros não podem entrar", considerou.
Nelson de Jesus disse à Lusa que um primeiro navio, da ETO, com mais de 2.700 toneladas de combustível, é esperado em Díli no domingo e, um segundo, da Pertamina, é esperado em meados da próxima semana.
"As pessoas têm que se manter calmas e evitar o pânico. Isso pode causar problemas mais graves", considerou.
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