O presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) assegurou hoje que, até agora, Portugal não perdeu um único euro deste plano e alertou para a dificuldade dos últimos desembolsos.
"Até agora não perdemos qualquer euro. Temos cumprido, naturalmente, os pedidos de pagamento até ao sexto, que será desembolsado brevemente", afirmou o presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR, Pedro Dominguinhos, que falava na comissão parlamentar de Economia e Coesão territorial, a requerimento do Chega e do PS.
Dominguinhos referiu que o sétimo e oitavo pedidos de pagamento não deverão oferecer grandes dúvidas, mas alertou que os últimos dois pedidos têm uma dificuldade acrescida, tendo em conta os marcos e metas que comportam.
Por outro lado, assinalou que o PRR agora em execução não é o mesmo que foi apresentado, em 2021, à Comissão Europeia, uma vez que já foi reprogramado.
Questionado, em particular, sobre o setor da saúde, o presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR, avisou que a "situação mais complexa" verifica-se na rede nacional de cuidados continuados, onde muitas obras ainda não estão lançadas.
A isto somam-se as infraestruturas ou equipamentos concluídos, mas que ainda não estão a ser utilizados pela população.
"Visitei um edifício com 60 camas, em Leiria, pronto desde março, que aguarda a sua integração na rede", exemplificou.
Este responsável sublinhou que todos os seus relatórios foram aprovados por unanimidade e que os representantes da sociedade civil fazem parte desta comissão, como universidades, politécnicos, mutualidades e as confederações dos agricultores, turismo, comércio e dos empresários.
O PRR, que tem um período de execução até 2026, pretende implementar um conjunto de reformas e investimentos tendo em vista a recuperação do crescimento económico.
Além de ter o objetivo de reparar os danos provocados pela covid-19, este plano tem o propósito de apoiar investimentos e gerar emprego.
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