Os dois requerimentos para a audição foram aprovados, segundo avançou à Lusa o presidente da comissão, o social-democrata Afonso Oliveira, referindo que ainda não há datas para a ida dos responsáveis da empresa à Assembleia da República.
O PSD tinha pedido uma audição urgente da administração do Metropolitano de Lisboa, argumentando que as obras estão a "provocar perturbações no serviço prestado na zona norte da Área Metropolitana de Lisboa".
O partido alegou ainda que a suspensão da circulação em alguns troços da rede prejudica "milhares de utentes, deixando vários territórios sem acesso ao metropolitano, circunstância que permanecerá, pelo menos, durante dois meses".
Também o PCP argumentou, no seu requerimento, que os utentes do Metropolitano de Lisboa e de todo o sistema de transportes públicos da Área Metropolitana de Lisboa têm visto agravadas as dificuldades nas suas deslocações na cidade de Lisboa, "particularmente nas deslocações pendulares, afetando milhares de trabalhadores, estudantes e moradores".
Os comunistas lembraram ainda que o Metropolitano de Lisboa anunciou a suspensão, até 7 de julho, dos troços entre Telheiras e Campo Grande (Linha Verde) e entre Campo Grande e Cidade Universitária (Linha Amarela), sendo que esta suspensão será agravada pela redução dos comboios na Linha Verde e por avarias em várias linhas.
"Todas estas situações têm estado a criar nos últimos dias uma situação impraticável e perigosa, com os utentes a aglomerarem-se nos cais das estações e com as carruagens completamente cheias", referiu no documento.
Na terça-feira, o Chega também pediu para ser ouvido no parlamento o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, sobre as obras nos metropolitanos de Lisboa e Porto, mas também sobre a derrapagem no custo destas intervenções, requerimento que só deverá ser votado na próxima semana.
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