Lucro da mineradora brasileira Vale cai 58,7% no primeiro trimestre

A mineradora brasileira Vale anunciou um lucro líquido de 1,8 mil milhões de dólares (1,66 mil milhões de euros) no primeiro trimestre do ano, menos 58,7% do que em igual período de 2022.

Mineradora Vale suspende operação de polémica mina de níquel no Brasil

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Lusa
27/04/2023 06:15 ‧ 27/04/2023 por Lusa

Economia

Vale

 

A empresa, uma das maiores produtoras e exportadoras de ferro do mundo, atribuiu a forte redução no lucro à queda dos preços do minério no mercado internacional e nas encomendas, indicou, num comunicado divulgado na quarta-feira.

A fraca procura de ferro levou a uma redução de 2,7 mil milhões de dólares (2,4 mil milhões de euros) no lucro da mineradora durante os primeiros três meses deste ano, de acordo com a Vale.

O preço do ferro maciço no mercado internacional caiu 16,5% no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período de 2022, enquanto o preço das pelotas de ferro caiu 23,2%, referiu a empresa na mesma nota.

O volume das vendas de ferro caiu 10,6%, para 45,6 milhões de toneladas nos primeiros três meses do ano, apesar da produção deste minério ter subido 5,8%, avançou a Vale.

Em resultado, as receitas da mineradora caíram 22% em comparação com o primeiro trimestre de 2022, para 8,4 mil milhões de dólares (7,6 mil milhões de euros).

O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) da Vale caiu para 3,6 mil milhões de dólares (3,2 mil milhões de euros) no primeiro trimestre deste ano, menos 42,5% em termos anuais.

"Apesar das restrições climáticas para o embarque que impactaram nossas vendas, permanecemos confiante em nossa habilidade para alcançar nossas metas para 2023", disse o diretor executivo da mineradora, Eduardo Bartolomeo, citado no comunicado.

A empresa disse ainda que o investimento permaneceu quase inalterado, em 1,13 mil milhões de dólares (mil milhões de euros), e reduziu a dívida em quase mil milhões de dólares (905 milhões de euros) nos últimos 12 meses.

A indemnização, no valor de quase sete mil milhões de euros em danos "sociais e ambientais", que a Vale concordou em pagar ao Estado brasileiro em fevereiro de 2021 devido ao desastre de Brumadinho (sudeste), continua a pesar nas contas do conglomerado.

Em 25 de janeiro de 2019, pelo menos 270 pessoas morreram em Brumadinho, na sequência do rompimento da barragem da Vale, de acordo com a agência de notícias Brasil. O município ficou parcialmente destruído por um mar de lama e resíduos.

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