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"Ajustamento feito pelo Governo foi de má qualidade"

Luís Mira Amaral, economista e presidente da comissão executiva do banco BIC Português, falou ao Diário Economico sobre os pontos positivos e negativos do programa de ajustamento, lançando algumas farpas às decisões tomadas pelo atual Executivo.

"Ajustamento feito pelo Governo foi de má qualidade"
Notícias ao Minuto

08:53 - 19/05/14 por Notícias Ao Minuto

Economia Mira Amaral

“O que deveria ter sido feito era uma reforma do Estado com cortes verticais e seletivos naquilo que não necessitávamos, na redução das gorduras do Estado, os tais famosos consumos intermédios. Nada disso foi feito. O ajustamento nesse aspeto foi de má qualidade e a reforma do Estado está por fazer”, afirmou Mira Amaral em entrevista ao Diário Económico.

O antigo ministro do Trabalho e da Segurança Social falava sobre as decisões tomadas no âmbito do ajustamento económico e financeiro, mais pesadas sobre os impostos, sobre os salários e sobre as pensões do que sobre o próprio Estado.

“O dr. Passos Coelho e o dr. Eduardo Catroga prometeram que os PEC do PS iam acabar. Diziam que a austeridade era para o Estado, que haveria uma reforma séria do Estado. E o que é que se viu? O dr. Passos Coelho tomou conta do Governo e o dr. Catroga não entrou”, explicou o economista, sublinhando que, ao invés do prometido, “aumentaram impostos. Depois começaram a cortar horizontalmente vencimentos na função pública e as pensões do regime contributivo de forma chocante”.

Mira Amaral adiantou ainda que este ajustamento “não foi economicamente suficiente porque não cortou os níveis mais baixos e indiferenciados que estão a ganhar mais do que no setor privado” ficando-se pelos “quadro técnicos e a alta administração que o país necessita para ter uma administração pública qualificada e competente”, uma escolha que duvida ser financeiramente sustentável.

O responsável pelo banco BIC deixou, no entanto, algum reconhecimento para o Governo, que conseguiu um programa sem grandes convulsões sociais e sublinhou a “resiliência” de Passos Coelho, que “conseguiu aguentar-se quando foi a crise de demissão de Gaspar e Portas”.

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