"O debate é sobre como será o novo modelo de governação económica"

Ministro das Finanças garante que o debate em sede de Conselho de Assuntos Económicos e Financeiros (Ecofin) se centra na definição das novas regras orçamentais, uma matéria onde "há pontos de entendimento", mas que ainda carece de discussão.

Fernando Medina, Ministro das Finanças,

© Getty Images

Daniela Carrilho
14/02/2023 14:32 ‧ 14/02/2023 por Daniela Carrilho

Economia

projeções económicas

O ministro das Finanças, Fernando Medina afirmou, esta terça-feira, no final da reunião do Ecofin, que os anos de 2023 e de 2024 serão "dois anos em que a economia crescerá ligeiramente acima da zona Euro".

"Vão ser anos de convergência económica. Esperamos que se verifiquem nestes dois anos aquilo que tem sido um pouco a tradição do nosso país, que é ultrapassar estas próprias estimativas que a Comissão Europeia vai fazendo. Por isso, são sinais positivos no arranque do ano, o que nos dá melhores expectativas para 2023", referiu o ministro das Finanças, a partir de Bruxelas.

Outro dos pontos debatidos no Conselho de Ministros das Finanças foi a governação económica, um tema que "está hoje na agenda para uma decisão que se espera para 2023".

"As regras orçamentais foram suspensas já por duas vezes, a última por causa da pandemia, e ainda não foram reativadas. O novo debate que estamos a ter é sobre como será o novo modelo de governação económica, sob que regras, sob que condições, um debate que é muito participado pelos Estados-membros - onde Portugal tem desempenhado um papel relevante na apresentação da sua própria posição - mas procurando aproximar as posições dos vários países que têm posições divergentes relativamente à matéria", explicou Medina.

O governante destacou, ainda, que "há pontos de entendimento" e que a "Comissão irá propor um conjunto de inovações" que terão de ser avaliadas.

"A avaliação que é preciso é saber se esse conjunto terá a capacidade para substituir ou ser complementar àquilo que é o quadro mais conhecido das regras relativamente ao défice e da solução da dívida pública", acrescenta, salientando o papel "relevante" de Portugal neste tema.

O país tem sido "destacado por vários países" pela redução da "dívida pública", o que dá a Portugal "uma credibilidade acrescida neste diálogo".

De recordar que, nas previsões económicas intercalares de inverno divulgadas na segunda-feira, a Comissão Europeia reviu em alta a previsão de crescimento da economia portuguesa para 1% este ano, esperando que depois de um início de ano mais fraco haja uma melhoria a partir do segundo trimestre.

As perspetivas representam uma revisão em alta de 0,1 pontos percentuais (pp.) e de 0,3 pp. para 2022 e 2023, respetivamente, face ao relatório de novembro. Contudo, para este ano, fixa-se abaixo da previsão do Governo, que espera uma expansão de 1,3%.

Relativamente à inflação, o único outro indicador macroeconómico destas previsões intercalares, Bruxelas reviu em ligeira baixa a previsão da taxa para Portugal este ano, para 5,4%, acreditando que o pico foi atingido no último trimestre do ano passado, mas continuando mais pessimista do que o Governo, que no relatório do OE2023 prevê uma taxa de 4% este ano.

Leia Também: Previsões? "Sinal de confiança" e "afastam, para já, riscos de recessão"

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas