Os resultados definitivos da sessão indicam uma valorização do índice tecnológico Nasdaq, de 0,63%, e recuos escassos do seletivo Dow Jones Industrial Average, em 0,34%, e do alargado S&P500, de 0,08%, depois de ter chegado a valorizar 1,4%.
Mais ações subiram do que caíram e o começo positivo de 2023 em Wall Street é atribuído às esperanças em que a Reserva Federal (Fed) abrande as suas subidas da sua taxa de juro de referência, à medida que a inflação arrefeça. Os aumentos verificados já se fizeram sentir em várias partes da economia, arrefecendo-as, e o medo é que mais subidas fortes provoquem uma recessão dolorosa.
"Não se deve ver no fecho de hoje do S&P500 qualquer sinal de deterioração", comentou Andy Kapyrin, da Regent Atlantic. Em contraposição, admitiu, "o mercado e a economia estão complicados" e adiantou mesmo que "não se sabe como as coisas vão evoluir nos próximos meses".
A perspetiva de uma Fed com a mão pesada em 2023 continuou a pesar hoje sobre os rendimentos obrigacionistas. O rendimento da dívida pública federal a 10 anos baixou de 3,55% na sexta-feira para 3,52% hoje, no que é o valor mais baixo em três semanas.
Este contexto aproveitou às empresas tecnológicas, muito sensíveis às condições de crédito para financiarem o seu crescimento.
Com a incerteza envolvente, "a visão dos operadores está sempre a mudar e os segmentos de mercado que lideram vão mudar de dia para dia", preveniu Kapyrin.
Peter Cardillo, da Spartan Capital, corrobora esta análise, ao acentuar que Wall Street passou para uma posição de expectativa, antes da divulgação, na quinta-feira, do índice de preços no consumidor e, na sexta-feira, do início da época de resultados.
"Se estes números foram satisfatórios" para os investidores, "um 'efeito janeiro' é provável", disse. Tradicionalmente, o mercado tende a progredir em janeiro, depois de um ano dominado pela baixa.
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