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S&P: Atividade da zona euro cai pelo 6.º mês consecutivo

A atividade da zona euro contraiu-se em dezembro pelo sexto mês consecutivo, mas mais moderadamente devido a uma taxa inferior de encomendas perdidas, melhores condições de abastecimento, menores pressões sobre os preços e uma recuperação da confiança empresarial.

S&P: Atividade da zona euro cai pelo 6.º mês consecutivo
Notícias ao Minuto

11:54 - 16/12/22 por Lusa

Economia S&P

O indicador 'flash' PMI (Purchasing Managers' Index) da S&P Global, do qual a IHS Markit faz parte, situava-se em 48,8 pontos em dezembro, mais um ponto do que em novembro e o nível mais alto em quatro meses, mas ainda abaixo da marca dos 50 pontos que separa o crescimento da contração.

Por atividade, o índice PMI da atividade comercial do setor dos serviços situou-se em 49,1 pontos (um máximo de quatro meses), enquanto o da produção do setor transformador atingiu 47,9 pontos (um máximo dos últimos seis meses) e o da indústria do setor transformador, 47,8 pontos (um máximo de três meses).

Num comunicado, a S&P Global explica que os custos suportados pelas empresas aumentaram em dezembro ao ritmo mais lento em mais de um ano e meio, refletindo uma procura fraca e uma melhoria nos abastecimentos.

No entanto, o sentimento empresarial global continua a ser pouco animador, principalmente devido ao ambiente difícil gerado pelo elevado custo de vida, aumento das taxas de juro, preocupações com o fornecimento de energia e a guerra na Ucrânia, com as empresas a indicarem apenas um "modesto crescimento do número de trabalhadores".

O desempenho do quarto trimestre como um todo foi pior que o terceiro trimestre e o índice médio do PMI para os três meses até dezembro indica a maior contração económica desde 2013 - excluindo os meses de confinamento devido à pandemia.

O setor transformador continua a liderar o abrandamento, com a produção a cair pelo sétimo mês consecutivo, enquanto a atividade do setor dos serviços se contraiu pelo quinto mês consecutivo, embora tenha havido uma moderação no ritmo de declínio.

O declínio da atividade foi geral na zona euro, mas a França registou um agravamento do abrandamento, enquanto na Alemanha as taxas de declínio tanto na indústria transformadora como nos serviços se moderaram, fazendo de dezembro a menor queda na atividade total alemã em seis meses.

A análise setorial revela que os abrandamentos mais acentuados se verificaram nas empresas químicas, de plásticos e de recursos básicos - devido aos elevados custos energéticos e à redução dos inventários - e no setor dos serviços financeiros, enquanto no setor dos transportes se verificou novamente uma queda acentuada.

Novas encomendas diminuíram pelo sexto mês consecutivo, à medida que as empresas continuaram a reportar um enfraquecimento da procura por parte dos clientes, embora o ritmo de declínio tenha abrandado pelo segundo mês consecutivo até ao ponto mais baixo desde agosto passado.

Esta deterioração das encomendas causou mais um mês de modesta criação líquida de empregos, uma vez que o emprego aumentou a um ritmo ligeiramente mais rápido do que em novembro, mas ainda o segundo menor aumento desde fevereiro de 2021.

Os preços cobrados por bens e serviços também continuaram a aumentar fortemente, embora a taxa de inflação tenha moderado para um mínimo de 12 meses, refletindo taxas de subida menos acentuadas nos dois principais setores inquiridos.

Uma situação que, segundo as mesmas fontes, está ligada a um crescimento mais lento dos custos e à necessidade de oferecer descontos para ajudar a estimular as vendas.

Relativamente ao sentimento para os próximos 12 meses, o índice de perspetivas de atividade futura foi de 55,1 pontos em comparação com a média de longo prazo de 60,8 pontos, mostrando que a confiança continuou a ser afetada especialmente pelas preocupações com o impacto do aumento do custo de vida, a crise energética, a guerra na Ucrânia e o aumento das taxas de juro.

O economista chefe da S&P Global Market Intelligence, Chris Williamson, acredita que a nova queda na atividade empresarial em dezembro aponta para "uma sólida hipótese de recessão", embora se ocorrer "será mais silenciosa do que se pensava há alguns meses".

Os dados para o quarto trimestre equivalem a uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) a uma taxa trimestral ligeiramente inferior a 0,2% e os indicadores prospetivos pressagiam atualmente boas perspetivas, explica o economista-chefe, que acredita que "a taxa de declínio continuará a diminuir no primeiro trimestre de 2023".

Insiste, além disso, que "as perspetivas de inflação são particularmente encorajadoras", pois "as cadeias de abastecimento estão a melhorar pela primeira vez desde o início da pandemia e os custos comerciais estão a aumentar, mas a um ritmo mais lento".

Leia Também: União Europeia reserva mais de mil milhões de euros para startups em 2023

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