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OE2023: Medina diz que "política de contas certas" é para manter

O ministro das Finanças reiterou hoje que o próximo Orçamento do Estado vai "prosseguir a política de contas certas", salientando que, num contexto de subida dos juros, "o melhor que o Estado pode fazer é governar-se bem a si próprio".

OE2023: Medina diz que "política de contas certas" é para manter
Notícias ao Minuto

13:15 - 15/07/22 por Lusa

Economia Finanças

"A prudência financeira, apostarmos na redução da dívida pública, sairmos da lista dos países com a maior dívida pública da Europa e fazermos disso uma prioridade política é das medidas mais importantes que o Estado pode fazer: governar-se bem a si próprio, para apoiar a vida das famílias e das empresas do nosso país", afirmou o governante em declarações aos jornalistas à margem da conferência 'Millennium Talks' sobre investimento empresarial, promovida hoje no Porto pelo Millennium bcp.

Momentos antes, enquanto discursava frente a uma plateia repleta de empresários, Fernando Medina avisou que, embora seja "ainda um pouco cedo para poder adiantar as linhas em detalhe relativamente ao Orçamento do Estado [OE2023], a orientação geral será prosseguir a política de contas certas".

"Isto é, o Estado tem de ser, como foi em 2021 e em 2022, uma parte da solução e não um acrescento ao problema. Se, como vários sugerem, aproveitássemos as margens todas que a União Europeia permite e usássemos uma estratégia de superar o défice orçamental [para um valor acima dos 3% do PIB], em que posição estaríamos nós para lidar com um risco de adversidade de, por exemplo, termos no próximo ano um crescimento de 1% ou abaixo de 1%? Era simplesmente colocar-nos completamente fora de pé", sustentou o ministro.

"Num contexto de normalização da política monetária, num contexto de subida das taxas de juro (mais ou menos gradual), num contexto de incerteza muito acentuada que os mercados hoje registam, é absolutamente essencial ser muito firme e muito claro na redução da dívida pública portuguesa, com o objetivo de retirar Portugal do 'top' três dos países com a maior dívida pública na zona euro", sustentou.

Embora sendo "cedo ainda para dar um número fino", Fernando Medina antecipa: "Nós certamente que nos aproximaremos [este ano] muito do que eram os níveis pré-pandemia, isto é, baixaremos de uma dívida dos 120% do produto [PIB] -- hoje posso afirmar que conseguiremos vencer esta barreira -- e estaremos muito próximos de termos os níveis de dívida pública pré-pandemia".

Relativamente às projeções económicas divulgadas na quinta-feira pela Comissão Europeia, o ministro destacou que "a economia portuguesa crescerá este ano mais de 6%", no que "será o maior crescimento económico dentro das economias da zona euro".

"E, para aqueles que por vezes argumentam dizendo que este crescimento está a ser mais alto porque a recuperação tinha sido mais lenta relativamente ao ano passado, no período da pandemia, a Comissão Europeia veio ontem [quinta-feira] confirmar que Portugal será, no período de [20]20-[20]23, isto é, no período de saída da pandemia, uma das economias que crescerá acima da média da zona euro", enfatizou.

"Isto é -- acrescentou -- aquilo que estamos a registar este ano não se trata de uma simples (e crescer a 6,5% não é simples em lado nenhum) correção de uma queda muito acentuada resultante da pandemia, mas trata-se, sim, da economia portuguesa a dar sinais de uma força que não só já superou os valores pré-pandemia, como permitirá que a economia portuguesa seja daquelas que crescerão no global 20-23 acima da média europeia e significativamente acima das economias de maior dimensão, como a Alemanha, Itália ou Espanha".

[Notícia atualizada às 14h07]

Leia Também: Medina. "Finanças públicas devem ser um ativo do país e não um problema"

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