BCE cria mecanismo anti-crise de dívida (e promete "flexibilidade")
Banco central vai aplicar os reinvestimentos da dívida do PEPP na compra de mais títulos, ao mesmo tempo que vai criar uma ferramenta "anti-fragmentação".
© Reuters
Economia BCE
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou, esta quarta-feira, que vai criar um mecanismo "anti-fragmentação" para travar novas crises na zona euro, em resposta à subida dos juros da dívida soberana, especialmente nos países do sul da Europa, como Portugal, Itália e Grécia. Além disso, prometeu "flexibilidade" na sua política monetária para acalmar a tensão no mercado de dívida
Em comunicado, após uma reunião de duas horas e meia, a instituição localizada em Frankfurt afirmou que vai "mandatar os comités relevantes do Eurosistema, juntamente com os serviços do BCE, para acelerar a conclusão da conceção de um novo instrumento anti-fragmentação para apreciação do Conselho do BCE".
A instituição "vai aplicar alguma flexibilidade no reinvestimento" das obrigações adquiridas no âmbito do programa de emergência lançado durante a pandemia (PEPP), anunciou o BCE.
A tensão nos mercados aumentou particularmente depois de o BCE ter anunciado na semana passada que vai subir as taxas de juro em julho, a primeira subida em 11 anos, depois de ter concluído as compras líquidas de dívida pública e privada, o que levou a uma subida dos juros da dívida de alguns países, com a Itália a ser apontada como particularmente afetada.
No comunicado divulgado após a reunião, o BCE destacou ainda que a pandemia deixou problemas "vulnerabilidades duradouras" na economia da zona euro.
[Notícia atualizada às 14h23]
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