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China e Quénia assinam vários acordos de estímulo ao comércio bilateral

O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, e a sua homóloga queniana, Raychelle Omamo, assinaram hoje vários acordos para facilitar o comércio bilateral, formalizando várias decisões anunciadas na conferência ministerial do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC) em novembro.

China e Quénia assinam vários acordos de estímulo ao comércio bilateral
Notícias ao Minuto

14:45 - 06/01/22 por Lusa

Economia Comércio

Wang Yi visitou hoje o Quénia, um dos principais beneficiários de créditos do gigante asiático no continente, depois de ter estado esta quarta-feira na Eritreia e antes de seguir para as Comores.

Os dois países "reconheceram o aumento sustentado do comércio bilateral e (...) o imenso potencial para aumentar o volume e o valor das exportações, através do exame das barreiras alfandegárias e não alfandegárias, corrigindo o défice comercial a favor da China", de acordo com uma declaração divulgada pelo ministério dos Negócios Estrangeiros queniano.

Wang e Omamo - que se reuniram na cidade turística costeira de Mombaça - assinaram um memorando de entendimento para a criação de um grupo de trabalho - um dos seis acordos assinados -- para olhar, em particular, para os setores da agricultura e do comércio bilateral.

Os ministros também assinaram dois protocolos específicos para impulsionar a exportação de abacates e produtos da pesca do Quénia para a China.

"Acordámos em trabalhar em conjunto para promover os investimentos das empresas chinesas em áreas de processamento agrícola, têxteis e vestuário, processamento de couro, calçado, ferro e aço e ainda maquinaria, mobiliário e madeira, montagem eletrónica, montagem automóvel, construção, produtos farmacêuticos, petróleo e gás", anunciou o governo queniano.

Em novembro, durante o oitavo FOCAC, o Presidente chinês, Xi Jinping, anunciou nove programas conjuntos baseados no crescimento do investimento chinês no continente e o aumento do comércio.

Xi anunciou na altura o aumento das exportações de produtos agrícolas africanos para a China, expansão de artigos isentos de direitos e um programa de financiamento para encorajar empresas privadas chinesas a investirem em África.

Outra medida anunciada hoje foi a doação de 10 milhões de vacinas chinesas contra a covid-19 ao Quénia, como parte da promessa de Xi no FOCAC de fornecer mais mil milhões de doses ao continente e ajudar, desta forma, a União Africana a cumprir o objetivo de vacinar 70 por cento da população até meados deste ano.

Wang e Omamo assinaram ainda um memorando de entendimento para investimento e colaboração no campo da economia digital, dados, tecnologias de informação e cibersegurança, mas não foram revelados quaisquer acordos específicos.

O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês também se reuniu hoje com o Presidente queniano, Uhuru Kenyatta, com quem visitou o novo terminal petrolífero Kipevu, quase concluído -- por uma empresa de construção chinesa mas com capital queniano -, que irá expandir o espaço para a entrada de petroleiros no porto de Mombaça.

O Quénia financiou importantes infraestruturas no país com a ajuda de capitais chineses, tais como a linha ferroviária entre Nairobi e Mombaça - inaugurada em 2017 e alargada em 2019 -, um projeto envolvido em controvérsias relacionadas com alegações de corrupção e opacidade nos contratos.

Leia Também: China rejeita "armadilha da dívida" em África e diz que benefício é mútuo

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