China rejeita "armadilha da dívida" em África e diz que benefício é mútuo
O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, rejeitou hoje a narrativa da armadilha da dívida em África, assegurando que, se existe uma armadilha, é contra a pobreza e a favor do desenvolvimento das economias.
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Economia Dívida
"Esta é uma narrativa que foi criada por aqueles que não querem ver o desenvolvimento de África, se há uma armadilha, é a armadilha contra a pobreza e a favor do desenvolvimento", disse Wang Yi em Mombaça, no Quénia, onde a China está a financiar um novo terminal no maior porto da África Oriental.
Os empréstimos, acrescentou, representam um "benefício mútuo" para a China e para os países africanos, que nos últimos anos se endividaram fortemente junto dos bancos públicos e privados chineses, chegando a um total, em 2019 e de acordo com os números das entidades oficiais chinesas, a mais de 200 mil milhões de dólares, cerca de 176 mil milhões de euros.
No Quénia, onde o nível da dívida subiu significativamente nos últimos anos, a China é o segundo maior credor, a seguir ao Banco Mundial, tem financiado vários projetos avultados de infraestruturas, como o novo terminal (312 mil milhões de euros) e uma linha de comboio no valor de 5 mil milhões de dólares, cerca de 4,4 mil milhões de euros.
Wang Yi vai reunir-se com o Presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta, depois de ter estado hoje com vários ministros em reuniões nas quais foram assinados vários acordos nas áreas do comércio, saúde, segurança e transferências de tecnologia verde.
"A visita é um testemunho do aprofundamento das relações entre os dois países", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros queniano, Raychelle Omamo, após a reunião.
Depois do Quénia, Wang Yi deverá seguir para as Ilhas Comores.
A visita de Wang ocorre na sequência de uma visita do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, à região, em parte destinada a contrariar a crescente influência da China no Corno de África.
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