Transição energética? Governo quer maior articulação com empresas
O secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, defendeu hoje uma maior articulação entre as empresas e o Estado no desenvolvimento de projetos no âmbito da transição energética.
© Global Imagens
Economia João Galamba
"Se há alguma coisa que a transição energética também nos ensina é que essa dicotomia é negativa, seja na versão hiper-liberal das empresas sozinhas sem o Estado, seja na versão hiper-estadista do Estado sem as empresas", afirmou.
O governante falava na conferência nacional sobre as novas soluções energéticas para a indústria, promovida pela aicep Global Parques, que está a decorrer no Centro de Negócios da Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS).
"Precisamos dos dois articulados, olhando para o mesmo futuro, cada um com as suas competências e habilitações, mas articulando agendas, trabalhando em conjunto, mobilizando, promovendo colaboração, que se otimizem estratégias, que se coordenem", defendeu.
No entender de João Galamba, é "em áreas verdadeiramente transformadoras, nascentes e agora a emergir" que se "pode criar sustentabilidade e capacidade de concretização para estas dinâmicas".
"Colaboremos todos como estamos a colaborar. O Estado fará o seu papel, sempre muito próximo das empresas, porque isto não se faz contra as empresas, mas também não se faz deixando as empresas sozinhas, sem um papel estratégico e de articulação", reforçou.
E deu como exemplo a aprovação, em Conselho de Ministros, na quinta-feira, do diploma do Setor Elétrico Nacional que dá "grande atenção ao autoconsumo industrial com despensa de parecer caso a caso para um conjunto de projetos que estavam a 'marinar' há meses".
"Temos hoje um diploma aprovado plenamente integrado e alinhado com os objetivos de descarbonização do setor elétrico, mas também do setor químico e de todas as áreas que a transição energética permite", sublinhou.
Sobre os investimentos previstos para Sines no setor do hidrogénio verde, o governante sustentou que existem todas as condições para que Sines seja "um bicho raro e muito desejado".
"Do ponto de vista do Ministério do Ambiente e da política energética tudo faremos para que Sines tenha um enquadramento legislativo e regulatório que lhe permitam desenvolver esses projetos, as infraestruturas necessárias para desenvolver esses projetos e as infraestruturas necessárias para que esses projetos cresçam", afirmou.
Deixou ainda a garantia que o Ministério Ambiente dará "todo o apoio" para "ajudar a viabilizar todos os projetos" e "criar condições para que possam crescer".
"A descarbonização é crescimento económico, é desenvolvimento, investimento e emprego", concluiu.
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