Sandra Maximiano falava no segundo e último dia do 34.º congresso da APDC que decorreu na Culturgest, em Lisboa, com o mote 'Business & Science Working Together' (Negócio & Ciência a Trabalhar Juntos).
"Este incidente tornou evidente que a capacidade de aceder aos serviços fixos se encontra dependente da alimentação de energia elétrica dos equipamentos terminais nas instalações dos utilizadores", referiu.
Mesmo que as redes "se mantenham operacionais, numa situação de catástrofe ou emergência, as redes fixas não reúnem as condições necessárias para que possam ser consideradas uma alternativa", acrescentou.
Os serviços móveis também foram afetados em todos os operadores, embora de uma forma progressiva ao longo do dia, "à medida que os 'cell sites' foram perdendo a sua capacidade de energia socorrida".
"Estes serviços, cujos equipamentos terminais são alimentados a baterias que podem, eventualmente, ser recarregadas, tornaram-se na principal forma de comunicação disponível ao público em geral, instantes após a falha de energia", apontou a responsável, salientando que, "ao comparar os níveis de autonomia dos operadores em Portugal com os indicados por outros países, verifica-se que, em geral, os operadores nacionais estão em linha com as práticas internacionais".
Sandra Maximiano adiantou que "tanto as empresas como a Anacom já identificaram medidas para impedir ou minimizar a ocorrência de incidentes similares no futuro".
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