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Confiança dos consumidores alemães cai devido à inflação e nova vaga
O sentimento dos consumidores na Alemanha deteriorou-se em setembro, com o índice Gfk a cair para -1,2 pontos, que compara com -0,4 pontos do mês anterior, anunciou hoje o Instituto Gfk.
© iStock
Economia Alemanha
A euforia dos consumidores alemães "deu lugar à incerteza" com o avanço da quarta vaga da pandemia de covid-19 e as preocupações com a "subida da inflação", que em julho atingiu "o nível mais alto" em quase trinta anos, refere o instituto em comunicado.
Os analistas da agência de informação financeira Bloomberg previam que este indicador se situasse em -0,5 pontos, pelo que a queda verificada foi significativamente superior à estimada.
Para o especialista em consumo da GfK Rolf Bürkl, "o aumento das infeções, a diminuição do ritmo da vacinação e o debate sobre como tratar os não vacinados no futuro estão a incomodar muito os consumidores".
Os consumidores "temem um aumento das restrições, o que obviamente afeta a confiança do consumidor", realçou, adiantando que a somar a isto há o aumento "vertiginoso" dos preços desde meados deste ano.
Em julho, a inflação subiu para 3,8%, o nível mais alto desde os 4,3% registados em dezembro de 1993.
Este nível, disse ainda Rolf Bürkl, "tende a diminuir a vontade [dos alemães] em consumir", o que se sabe "por experiência".
A subida da inflação é, em primeiro lugar, um efeito da redução do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) no segundo semestre do ano passado -- de 19% para 16% e de 7% para 5% para a taxa reduzida -- com o propósito de contrariar o impacto da pandemia.
"Apesar da fase prolongada de baixas taxas de juro, as famílias veem os níveis de inflação como uma ameaça ainda maior ao seu poder de compra", sublinhou Bürkl.
Deste modo, enquanto as expectativas sobre os rendimentos aumentam ligeiramente, as perspetivas económicas e a tendência para fazer compras recuam, o que está refletido indicador mensal do GfK, hoje divulgado.
O índice de sentimento do consumidor do instituto Gfk é calculado tendo por base um inquérito a cerca de 2.000 alemães.
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