INE confirma: PIB contraiu 5,4% no 1.º trimestre
Os primeiros três meses deste ano foram marcados pelo confinamento devido à pandemia da Covid-19.
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Economia PIB
O Produto Interno Bruto (PIB), em termos reais, registou uma variação homóloga de -5,4% no 1º trimestre de 2021 (-6,1% no trimestre anterior), "refletindo os efeitos do confinamento geral no início deste ano devido ao agravamento da pandemia Covid-19", de acordo com os dados divulgados, esta segunda-feira, pelo INE, que confirmam as estimativas divulgadas há um mês.
"O contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB foi mais negativo no 1.º trimestre de 2021, passando de -2,4 pontos percentuais (p.p.) no 4º trimestre para -3,4 p.p., em consequência sobretudo da redução mais acentuada do consumo privado (variações homólogas de -4,6% e -6,9%, no 4º trimestre de 2020 e 1.º trimestre de 2021, respetivamente). Pelo contrário, o investimento registou um crescimento superior (3,5%) ao do trimestre precedente (0,8%)", pode ler-se no relatório da agência de estatísticas.
Em comparação com o 4.º trimestre de 2020, o PIB diminuiu 3,3% em volume, após o ligeiro aumento (0,2%) verificado no trimestre anterior, "refletindo o impacto das limitações à mobilidade em consequência do agravamento da crise pandémica".
De acordo com o INE, "a procura externa líquida apresentou um contributo menos negativo (-2,0 p.p.) que no 4.º trimestre (-3,7 p.p.) continuando, porém, a verificar-se uma contração mais intensa das Exportações de Bens e Serviços (-9,4%) que a observada nas Importações de Bens e Serviços (-4,5%), salientando-se em particular a redução muito significativa do turismo de não residentes".
Para este ano, de acordo com o Programa de Estabilidade 2021-2025, o Governo prevê que o PIB cresça 4% (abaixo dos 5,4% anteriormente previstos), e em 2022 prevê um aumento de 4,9%. Porém, o ministro de Estado e das Finanças, João Leão, admitiu PIB poderá crescer até 1 ponto percentual acima dos 4% esperados, devido a uma mudança "muito rápida" das condições económicas.
Já esta segunda-feira, a OCDE melhorou as projeções para a economia portuguesa, estimando agora um crescimento do PIB de 3,7% este ano e de 4,9% no próximo, ainda assim abaixo das expetativas do Governo.
[Notícia em atualização]
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