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Preços voltam a crescer na China com recuperação da procura interna

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) continuou a avançar na China em abril, após ter recuperado em março do nível negativo registado nos dois primeiros meses do ano.

Preços voltam a crescer na China com recuperação da procura interna
Notícias ao Minuto

12:04 - 11/05/21 por Lusa

Economia China

Segundo os dados oficiais divulgados hoje pelo Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE), o IPC, o principal indicador da inflação na China, cresceu 0,9%, em termos homólogos.

Em março, este indicador subiu 0,4%, em termos homólogos, revertendo a tendência de queda nos primeiros dois meses de 2021, quando a inflação caiu 0,3% e 0,2%, em janeiro e fevereiro, respetivamente.

O estatístico do GNE Dong Lijuan explicou em comunicado que os "dados refletem a recuperação na procura interna chinesa" e afirmou que "os preços permanecem, em geral, estáveis".

O avanço da inflação no Índice de Preços ao Produtor (PPI) foi condicionado pelo efeito base em relação ao ano passado, quando a atividade económica no país paralisou, devido à pandemia, embora "também revele que há expansão na maioria das indústrias", segundo a agência.

O GNE destacou o rápido aumento dos preços globais das matérias-primas, que levaram a uma subida de 85,8%, em abril, em termos homólogos, dos preços da indústria extrativa chinesa de petróleo e gás natural.

Julian Evans-Pritchard, analista da consultora britânica Capital Economics, apontou que, além das matérias-primas, os dados revelam um "aumento anormalmente forte nos preços no atacado de alguns produtos, como bens de consumo".

Segundo o especialista, o PPI, que já em março subiu 4,44%, em termos homólogos - está já a ter impacto no IPC, ao qual se soma a "escassez" da oferta, que poderá manter a inflação "alta" a curto prazo.

"A expectativa é que o IPC continue a subir e se fixe em torno de 2%, no final do terceiro trimestre", notou.

Evans-Pritchard não previu uma mudança de políticas pelo Banco do Povo Chinês (banco central).

O especialista acrescentou que o aumento dos preços das matérias-primas é "temporário", ao qual se deve somar uma provável diminuição da atividade no setor da construção a médio prazo.

Os números do GNE mostram que os preços dos alimentos diminuíram 0,7%, em abril, em relação ao mesmo mês do ano anterior, enquanto os preços dos produtos não alimentares aumentaram 1,3%.

Os preços da carne de porco, a carne mais popular na China, caíram 21,4%, em termos homólogos, com o rebanho nacional a recuperar, após ter sido dizimado por uma epidemia de peste suína africana, que matou dezenas de milhões de porcos no país desde meados de 2018, causando grande volatilidade no preço.

No entanto, o preço dos vegetais frescos aumentou 2,7%, o dos ovos 6,8% e as frutas frescas 2,7%.

Entre os produtos não alimentares, os bens de consumo aumentaram 1%, em termos homólogos, em abril, enquanto os serviços aumentaram 0,7%.

Os preços da habitação aumentaram 0,4%, os do vestuário 0,2% e os da assistência médica 0,1%.

Os custos com o ensino, cultura e entretenimento aumentam 1,3%. Os dos transportes e comunicações cresceram 4,9%.

A agência destacou que, em abril, o IPC aumentou 1% nas áreas urbanas, enquanto nas áreas rurais aumentou 0,7%.

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