PGR alerta para burlas no mercado de criptomoedas em plataformas online

O gabinete de cibercrime da Procuradoria-geral da República (PGR) emitiu hoje um alerta sobre burlas em plataformas online de alegada negociação no mercado de criptomoedas e cambial no valor de milhares de euros.

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Lusa
03/05/2021 17:02 ‧ 03/05/2021 por Lusa

Economia

criptomoedas

 

O gabinete adianta que tem recebido denúncias de burlas relacionadas com plataformas online de suposta negociação no mercado de criptomoedas e no mercado cambial, "uma atividade criminosa organizada, de grande dimensão".

O Ministério Público chama a atenção para o facto de estarem ativas na Internet múltiplas páginas fraudulentas que publicitam investimentos em criptomoedas e no mercado cambial de divisas estrangeiras que dizem captar investimentos nestes ativos e prometem grande rentabilidade, recorrendo a métodos agressivos de abordagem, incluindo contactos telefónicos.

Nesses contactos, refere o alerta, os supostos 'traders', usam métodos insidiosos de persuasão, com o intuito de convencer as vítimas a transferir quantias monetárias para supostos investimentos em criptomoedas e no mercado cambial em que, após um primeiro investimento, é simulado um ganho, cujo objetivo é convencer as vítimas a efetuar investimentos mais avultados, que chegam às dezenas de milhares de euros.

Porém, logo que o dinheiro é transferido, todo o investimento é perdido e os negociadores deixam de estar contactáveis e em nenhum dos casos as vítimas recuperaram o seu investimento.

As vítimas desta burla são atraídas para as plataformas online por anúncios na Internet, colocados em sites generalistas ou noticiosos e, sobretudo, em redes sociais.

Segundo o Gabinete do Cibercrime da PGR, "um dos elementos sempre presente nestas páginas fraudulentas é o de 'solicitar informações' junto de um suposto trader" que serve para acederem aos dados pessoais da vítima.

Os anúncios são feitos em pequenos vídeos, muito visuais e apelativos e com imagens de caras famosas, como Bill Gates, o fundador da Microsoft.

Embora as campanhas criminosas sejam dirigidas ao público português, estas têm origem em grupos criminosos organizados internacionais.

Foram também identificados casos de abordagem por WhatsApp, sobretudo utilizando números telefónicos disponibilizados pelas vítimas em plataformas de relacionamento social como a 'Tinder'.

As abordagens são sempre insistentes e, quando a vítima recusa fazer o investimento, os telefonemas repetem-se até à exaustão, até que esta acaba por ceder.

As páginas que divulgam software que anunciam como revolucionário pretendem apenas "simular e manipular resultados de investimentos", adianta ainda a PGR.

Leia Também: Ancara alarga regras contra financiamento do terrorismo

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