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Dona da Altitude cria centro de I&D em Lisboa com mais de 30 pessoas

A canadiana Enghouse, que comprou a portuguesa Altitude Software, abriu um centro de investigação e desenvolvimento (I&D) em Lisboa, com "mais de 30 pessoas", disse à Lusa o diretor-geral para o mercado ibérico.

Dona da Altitude cria centro de I&D em Lisboa com mais de 30 pessoas
Notícias ao Minuto

09:48 - 24/04/21 por Lusa

Economia Investimento

O negócio da compra da Altitude, que é responsável pela tecnologia da linha SNS24, "formalizou-se em 30 de dezembro" foram "quatro meses muito intensos" com integração da empresa no grupo Enghouse, salientou Carlos Martínez, que é também diretor-geral para os mercados de África e América Latina.

"Estamos muito satisfeitos" com a compra da Altitude pela Enghouse - cujo valor não divulgado -, "foi muito interessante porque nos permitiu potenciar o nosso negócio em Espanha e no Brasil", onde a tecnológica portuguesa tem "bastante negócio", acrescentou o responsável.

"Abriu-nos as portas, já que a Enghouse não estava em Portugal", salientou.

Na sequência da aquisição decorreu a integração da Altitude, que conta com "mais de 100" trabalhadores em Portugal, de um total de 255 espalhados em todo o mundo, incluindo Espanha e Brasil.

"Com o ânimo de fazer crescer o negócio em Portugal, a companhia decidiu implantar um 'hub'" em Lisboa na área de I&D "para servir o resto das unidades de negócios", salientou Carlos Martínez.

"Após a aquisição da Altitude, verificámos que a equipa de I&D" da empresa portuguesa "possuía uma grande experiência, conhecimentos e competências técnicas ajustadas aos requisitos dos diferentes produtos Enghouse. Por este motivo, decidimos criar um centro de desenvolvimento regional em Lisboa com o objetivo de estabelecer um centro de I&D que prestasse um serviço partilhado ao portefólio de produtos Enghouse distribuídos por todo o mundo", explicou.

Lançado em janeiro, o 'hub' "está a incorporar pessoas vindas da Altitude" e presta serviços não só para a unidade de negócio, mas para toda a organização, contando atualmente com "mais de 30 pessoas".

Este "'hub' é muito bom para Portugal e também para a Enghouse", prosseguiu o responsável, destacando que a "experiência das pessoas que vinham da área tecnológica era absolutamente 'top' e a estrutura de custos era competitiva".

O centro foi criado "com mais de 30 pessoas e tem como objetivo centralizar a incorporação de novos recursos exigidos no referido novo centro de desenvolvimento regional em Lisboa", disse, salientando que "em termos de tecnologia, é um momento interessante no mundo do 'contact center' [centro de contacto], com a 'cloud', a cibersegurança e a inteligência artificial como três áreas que estão agora a crescer".

Também está a ser analisado o papel do 'contact center' no mundo da Internet das Coisas (IoT), em que os objetos que comunicam entre si "vão permitir iniciar interações com empresas/parceiros em nome do 'contact center'", disse.

Estas são "áreas em que a Enghouse está a investir significativamente e a nossa nova equipa em Portugal terá a oportunidade de participar nestes projetos", apontou.

No último ano fiscal, o grupo canadiano investiu 80 milhões de dólares canadianos (52,9 milhões de euros, à taxa de câmbio atual) em investigação e desenvolvimento.

Relativamente à contratação de pessoas, o diretor-geral disse que isso vai depender da evolução do negócio.

"Estou seguro que teremos um aumento de pelo menos 10% de pessoas" neste ano fiscal.

No ano passado, a Altitude obteve uma faturação de 20 milhões de euros, mas para este ano a Enghouse, que é cotada em bolsa, não avança dados concretos.

"Estruturamos os negócios em regiões e os objetivos que temos em todas as unidades de negócio é crescer organicamente pelo menos 10% por ano e manter um EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) a crescer 30%", explicou.

"Este é o crescimento orgânico mínimo como grupo, no ano passado a companhia cresceu acima de 30%, somando a parte orgânica e de aquisições", acrescentou.

"Na nossa região [Portugal, Espanha, África e América Latina] para este ano fiscal temos um objetivo de receitas de 35 milhões de dólares canadianos [23 milhões de euros]", disse Carlos Martínez.

A Enghouse nasceu nos anos 70 do século passado e é cotada na bolsa de Toronto, tendo no ano passado faturado acima dos 500 milhões de dólares canadianos (331 milhões de euros), estando presente em mais de 120 países, com mais de 10 mil clientes e acima dos 2.000 empregados.

"É uma empresa forte a nível financeiro", disse, salientando que a estratégia do grupo passa por adquirir empresas que cumpram um "determinado perfil, produto e modelo de negócio" e estejam presentes em determinadas regiões.

Uma vez comprada a empresa, esta é estruturada e integrada dentro do grupo, de modo a que cresça organicamente, disse.

"Não nos conformamos em comprar, assim que é comprada tem de ser capaz de crescer organicamente", salientou.

Atualmente, a Altitute "está completamente integrada no grupo", disse, adiantando que a Enghouse "não descontinua nenhum dos produtos que compra".

Sobre o arranque do 5G no negócio da Enghouse, o diretor-geral salientou que a nova tecnologia vai permitir "o desenvolvimento de soluções que estão a fomentar o trabalho à distância de uma forma mais rápida".

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