Siza Vieira: É obrigação da UE garantir "grande" mercado de serviços
O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, defendeu hoje que é "obrigação" da União Europeia garantir que se concretize a promessa de um "grande mercado" de serviços, particularmente dos serviços digitais.
© Getty Images
Economia Siza Vieira
"É nossa obrigação garantir que a promessa de um grande mercado de serviços na UE, em particular de serviços digitais, se concretize e seja colocado ao serviço de empreendedores inovadores que surgem em toda a Europa, e queremos fornecer-lhes o melhor apoio possível", afirmou o ministro, que falava numa conferência de imprensa a propósito do Dia Digital, uma iniciativa da Comissão Europeia que decorre hoje e que é organizada em parceria com o Ministério da Economia e da Transição Digital no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da UE.
Pedro Siza Vieira falava, nomeadamente, a respeito da Declaração sobre Padrões da UE para Nações 'Startup', um dos três compromissos que, durante o dia de hoje, os Estados-membros irão assinar e a partir da qual será criada a Estrutura Permanente Europeia para o Empreendedorismo, com sede em Lisboa.
Segundo o ministro, esta declaração é "muito importante" pois, apesar de a Europa ter "aproximadamente o mesmo número de 'startups' que os Estados Unidos", quando as 'startups' progridem e começam a crescer, "tendem a ser atraídas para os Estados Unidos, seja pelo acesso ao capital, aos recursos, mas, principalmente, pelo facto de, aí, beneficiarem de um mercado plenamente integrado, o que não acontece na Europa".
"Portanto, os padrões da UE para Nações 'Startup' existe para garantir que nos interconectamos, que temos um melhor conhecimento do ecossistema europeu [de empreendedorismo] e que somos mais capazes de atrair e reter talentos, criando a oportunidade de ter um único mercado integrado onde uma empresa muito pequena e inovadora pode crescer à mesma velocidade e ritmo que faria nos EUA", justificou.
Através da estrutura permanente sedeada em Lisboa, serão partilhadas as "melhores práticas" e avançar-se-á "tanto quanto possível" nesse sentido, acrescentou.
Quanto à Declaração sobre a Transição Verde e Digital, Siza Vieira reconheceu que os objetivos europeus de atingir a neutralidade carbónica até 2050 e de reduzir as emissões de gases de efeito estufa até 2030 em 55%, em relação aos níveis de 2005, "só podem ser alcançados se tivermos o benefício das tecnologias digitais".
Isto porque "as tecnologias digitais proporcionam mais eficiência no uso dos recursos" e, com isso, a UE poderá "gerir melhor a energia e as redes" e melhorar "a forma como são feitos os ciclos industriais, a forma como a logística é administrada", disse.
Ao mesmo tempo, as empresas do setor das tecnologias de informação e comunicação serão convidadas, durante o evento, a assinar a "Aliança Europeia Digital Verde" para partilharem e comprometerem-se com os mesmos princípios da declaração ministerial.
Já a Declaração sobre Estratégia Europeia de Plataforma de Entrada de Dados pretende "preparar a Europa para o aumento exponencial de dados (...) e assegurar ligações entre a Europa e o resto do mundo", tornando a UE um "foco" no mercado digital global e permitindo "uma melhor oferta dos serviços digitais europeus", concluiu.
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